Sunday, June 04, 2006

 

MORTE ESPERADA


EXPLICAÇÕES...
A partir de hoje passarei a colaborar com http://azorespublicum.blogspot.com e com http://azorpress.blogspot.com em estilo de colunista e crítico o quanto puder, pois não é crítico quem quer mas quem pode. Farei o possível e o que estiver ao meu alcance para cumprir objectivos. Que são meus e de quem quiser com eles participar. Não querendo, que se lixem! Quando em Março descobri que podia criar uma coluna onde pudesse vomitar, repito vomitar, o que as células controlares defecam fiquei contentíssimo. Devo isto à minha velha máquina de escrever que me traíu. Foi teclar para o outro mundo. Que a pariu. Antes ela do que eu. Para já! A minha ideia era pôr-me a copiar alguns diálogos que escrevera nos tempos conturbados e buliçosos que mesclaram a minha existência devidamente acompanhada pela acidez do vinho, pois tornara-me seu amante indefectível. E, também, por uma reclusão que impus a mim mesmo tendo em conta resolver alguns problemas do ser. Estes, depois de tanto reflectir, transformaram-se rapidamente em questões higiénico-intestinais. Eu nem sequer sou niilista. Eu sou uma péssima companhia. Até para Deus. Se ele existir tiro-lhe o chapéu. Se não existir o chapéu lhe tiro. Comigo o Senhor ou dava na bebida e usava o preservativo ou voltava para o Deserto do Sinai para comer gafanhotos acompanhado de um outro maluco a quem cortaram o pescoço por se ter metido na vida alheia. Querida Salomé! Também não era assim que se fazia. Em democracia cabemos todos. Bem. O que este blogue vai ser daqui para a frente é um palco onde só vou representar o texto literário se me permitem usá-lo (o termo) aqueles a quem foi dado tamanha honra de o possuirem por méritos muitas vezes herótico-cócoras. Eu nunca tive possibilidades de ter um editor que me lançasse. Que pena! Só me publicavam se eu fosse muito conhecido para não dar prejuízo. Eu não ia levar no cu para a doca só para ser conhecido na literária. O que me vale é esquecer-me rapidamente das ofensas culturais. Nunca as levei muito a sério. E as outras por força do Alzheimer tão bem me fazem e também. Procuro julgamento?, é capaz! Ilhas isoladas... basta. Que vai ser uma seca para quem vier enganado nos trilhos da blogosfera? Basta que eu me leia? Não é bem assim. O outro é muito importante. Mas que outro? O tradicionalista? O intelectual cristão das baboseiras bíblicas tão ao gosto de um seguro celestial? Da bisbilhotice dos inseguros que vêem nos despautérios dos marginais o caos do rigor moralista capaz de aceitarem mais os crimes de genocídio do que a abertura dos espíritos à liberdade como salvação? Dos que aceitam orar a favor de uma paz que mata mais por imposição física aqueles que um dia acordaram para se defenderem? Não, prefiro ter-me só como leitor. O que aliás não deixa de ser o maior desafio quando eu não sendo juiz de mim próprio não tenha ninguém para me julgar tão bem quanto eu. E tendo disso a elevada estima por mim próprio. Conhecendo eu as muralhas da "reacça" para que as quero? Vou citar António Ferreira Leite para fechar: "Para não estar sozinho estou comigo próprio." A Serra de Água de Pau ao fundo e eu a dar-lhe.
Termino.
Adeus, até aos diálogos-seca...
Manuel Melo Bento
Domingo
03/06/2006

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