Thursday, March 30, 2006

 

WOODY ALLEN. OS MORTOS... E A ETA

Meu amigo Victor Bastos, um filósofo perdido algures no meio de África e que anda sempre com o "Crátilo" debaixo do braço, diz-me todas as vezes que estou com os nervos: tem calma, Melo! Só que ele sabe que tal frase ainda me põe mais nervoso. Ora bem! Tenha calma, leitor!... Eu escrevo aqui para me divertir em primeiro lugar e só depois em segundo lugar para comunicar. Anunciei o meu blogue na CS, com ar pomposo. Tenha calma, leitor! É que pertenço a uma associação que se chama "VANITAS VANITATUM ET OMNIA VANITAS". A partir de hoje, o que aqui, nestas páginas, surgir já não obecede ao modelo inicial. Eu, agora, escreverei sobre tudo. O meu limite é o sono... Esperei quase um mês para ver o filme realizado por Mr. Allen "Match Point". Nada fora de série! Ele mata os actores, como bom comerciante que é, no fim da banal história. Ao menos, o nosso muito condecorado Manuel de Oliveira mata-os logo nas primeiras cenas. Não dá para esperar o desenlace, os actores portugueses parecem zumbis. Fui ver o filme, e como não costumo sair no intervalo compro sempre uma revista para ler. E foi assim que me meti a ler um texto que traz na capa dessa revista o homem que mais livros lê em Portugal, e que ainda por cima aconselha a ler os mesmos. Tirando as horas de dormir, de comer, da higiene pessoal, dos vários empregos, do tempo perdido nos transportes, das conversas com a familia e amigos, futebol, festas mediáticas, preparação para a intervenção televisiva , etc. ... Bem! Ele deve é pesá-los, pois eu que tenho todo o tempo do mundo, neste último mês de Março só consegui ler três calhamaços de um kilo cada por inteiro e estou a caminho do quarto.Para além de noventa e quatro jornais e quatro revistas (algumas eróticas, claro, e tive que ir cedo para as apanhar,porque a semana passada a brigada dos bons costumes já as tinha levado ...), não consegui ler conscientemente mais nada. Diz o texto da responsabilidade (?) da direcção da mesma revista acerca do processo de negociações entre o Governo espanhol e a ETA..., "a ETA foi derrotada militarmente..." Não é preciso transcrever o texto todo. Se a ETA foi derrotada, se a Espanha é um país democrático para quê sentar-se a negociar com terroristas? Nenhum governo se senta à mesa de negociações com terroristas... Mais adiante refere as vitórias da Catalunha. Só jornalismo de encomenda se atreveria a dizer tal baboseira. O senhor Bush quer uma Europa unida para poder avançar em mais uma frente de guerra que se está a preparar na sede da ONU. A Europa a pedido da América não suporta duas frentes: uma fora e outra dentro dela a berrar como as cabras. Todos os movimentos nacionalistas europeus estão a "democratizarem-se". Então não é! O Islão já disse que não quer a Guerra Santa do senhor Bush... A América está dividida! Então, não é! Eu quero é paz! Tenho de dizer isto baixinho! É que o último que gritou viva a Liberdade apanhou três anos de cadeia. E não foi há muito tempo... Deus Jeová, Pai de Cristo, ilumina (não é elimina) aquela cabeça para a paz. Não como o fizeste com o Durão Barroso (conhecido na Europa por José Barroso) de quem te esqueceste . Ilumina, também, o nosso Presidente Exmo.Senhor Anibal Silva para que ele dê uma palavrinha ao amigo Bush Pai para pedir ao filho que acabe com a guerra. Eu sei, porque me disseram, que a próxima peregrinação a Fátima tem como objectivo pedir a paz entre a América e o Islão. Ainda bem! Nós todos já nos esquecemos que o senhor José Barroso ao apoiar os EUA/Reino Unido nos colocou em estado de guerra com os países com que aqueles estão em beligerância. É mentira? O senhor Dom Chefe dos fiéis não diz nada. Ler a BÍBLIA aos domingos não deve chegar para abrir os olhos dos nossos governantes... já que do povo estamos conversados...
MMB

Tuesday, March 28, 2006

 

CONFISSÕES E POLÍTICAS DE NOMEAÇÃO

As pessoas que me conhecem sabem muito bem que eu nem sempre fui inteligente. Eu explico. Quando fui fazer exame aos liceus chumbei. A minha professora primária falava muito bem e expressava-se oralmente como se fosse do Continente. Eu escrevia sem erros ortográficos e era dos melhores alunos da minha classe. No dia do exame, coube-me na rifa o poeta Armando Cortes Rodrigues, na prova fatal do ditado. O raio do homem falava com a boca fechada. Tudo bem! Era um "micalês" culto e doutor do Liceu, o que para a minha professora era uma espécie de sábio a quem devíamos obedecer escolarmente. Habituado à minha professora e ao modo como ela se expressava, eu não cometia erros. Bem, reduzindo esta lengalenga senão não chego ao Padre Melo nem ao texto de Natália Almeida. Não passei no exame porque reproduzi ortográfica e fielmente os sons que saíam daquela boca cuja dicção daria para uma tese de doutoramento antropológico. Armando Cortes-Rodrigues era um "pedagogo" diplomado em Letras e reconhecido pelo Estado Novo. Daí para cá, foi chumbo em cima de chumbo (deixei de estudar pura e simplesmente), escrevo com erros e quando quero dar uma de culto também falo com a boca fechada. Porém, um dia, o Diabo apareceu-me e desafiou-me: "Queres ser rico ou inteligente?"- "Inteligente e que saiba escrever!" (Porque a riqueza está sujeita às revoluções e aos impostos) -"Não! Só tens uma só opção!"- "Então, quero ser inteligente!"- "Para que isso aconteça tenho de ficar com a tua alma!" - Dei-lhe a alma uma vez que ela não me servia para nada. Fiz um pacto com o Diabo. Que se lixe! Não me tenho dado mal, não senhor... Quando algum micaelense é nomeado para qualquer cargo gera-se sempre uma onda de opiniões que em geral fica dicotomicamente ideologizada em espuma de esquerda e de direita. O Dr. Duarte Melo não fez pacto com o Diabo, senão não era padre. Deve tê-lo feito com o governo de César. Não sendo este o Diabo propriamente dito, também faz pactos. E de todos os tipos, diga-se em abono da verdade política, se esta existe realmente. Fez pactos com a direita, extrema-direita micaelense (beata, amante do próximo, cumpridora dos requisitos bíblicos, etc.), e outros que tais. Ah, e com a esquerda! É do hábito, desculpem-me! O Padre, deve ser da esquerda. Ainda bem! Eu também sou, embora ninguém nos Açores acredite nisso. O meu irmão é que é da direita! Eu tenho curriculo e posso demonstrá-lo. Bolas! Farto-me de o afirmar. Nada! Não comprendem. Eu sei porque é (calculo): dá-me nervos quando os homens de esquerda se tornam colaboracionistas com o capital desavergonhadamente. Ultimamente é vê-los feito lacaios e barrigudos/as. (Parece um anúncio a pedir empregados de escritório). Digo que o padre é de esquerda porque Natália Almeida ( que é de esquerda e deve estar a querer ganhar o céu ou outra coisa espiritual) veio defender a nomeação do sacerdote católico na praça pública e num jornal local. Diz ela, a autora de "Menina" (daí para cá só escreve coisas para a secção infantil), que o Padre Melo afirmou que o museu Carlos Machado é um cemitério. Oh, doutora, quem melhor do que um padre para rezar missas do sétimo dia, num cemitério? O Padre Melo estava a referir-se aos fetos humanos que estão metidos em frascos e aos pobres animais que estão embalsamados e que o público pode ver todos os dias. Aquilo é um cemitério! Está cheio de coisas mortas. Santa Joana também está lá e dentro de um sarcófago de vidro... O Padre vai trazer a juventude "micalesa" para o museu... O Dr. António Oliveira queixava-se de não ter espaço para expor uma quantidade enorme de obras de arte de que o museu é proprietário. Só se for para o dormitório do Convento de Santa Bárbara que abriga milhares de ratos. Para isso, é preciso, primeiramente retirar de lá os roedores e arranjar alguém que dê lições de educação sexual. Diz a escritora de "Menina" que o Padre esteve sujeito a ser assassinado de várias maneiras. Para que serve a Judiciária? Denunciem-se os criminosos! "Um homem de coragem que nunca se deixou abater..." Para se ser director de um museu é condição prévia ter-se tido lições de defesa pessoal, num ginásio ? Vou terminar, pois vivo em frente ao museu e prefiro um mau ano do que um mau vizinho. Esclareço que o Padre Duarte Melo tem os requisitos necessários para ser director do Museu Carlos Machado. Tem o meu apoio pessoal. Não estou a brincar. Já o tinha dito a um outro vizinho meu: o Padre-Doutor-Monsenhor Weber da Cáritas. O que é preciso, agora é que ele faça ver aos pontadelgadenses o ponto em que os vários governos (e são muitos) deixaram chegar uma instituição que devia ser a nossa Menina dos olhos. E isso, não creio que vá fazer (aguardemos), porque César não quer ondas. Ondas ele as fazia para desapossar os social-democratas - que ele tão bem copia - dos lugares de "utilidade publica".
Sendo vizinho do Dr. Duarte Melo e querendo desejar-lhe um bom trabalho convido-o para um uísque. Tem de ser à tarde, pois levanto-me quase sempre depois da uma.
MMB

Monday, March 27, 2006

 

NOTÍCIAS SOCIAIS - NOTÍCIAS SOCIAIS - NOTÍCIAS SOCIAIS

Por princípio, só devia debruçar-me sobre coisas da política, das artes e da literatura. Acontece que hoje vou abrir uma excepção e vou meter-me com os comportamentos dos "micaleses de fila".

A porta da minha vizinha que dista da minha três metros e vinte e dois centímetros, levou um soco, que acertou no vidro da janela rectangular, situada mesmo acima da maçaneta e da fechadura da porta da rua. O "micalês de fila", por ter impelido o braço com muita força e na ânsia de dar a volta ao trinco pela parte de dentro, cortou-se de tal maneira que deve ter perdido o sangue suficiente para fazer quilo e meio de morcelas. Devia estar a dormir, pois não ouvi barulho nenhum. Para além dos urros e do barulho do fechar das portas dos carros desses últimos australopitecos do Ocidente civilizado, não me apercebi de mais nada. Habituei-me! A noite de fim de semana, no largo do Museu Carlos Machado , é uma espécie de circo do Príncipe Rainier III do Mónaco com entrada gratuita. Atiram garrafas contra os carros, acertando sempre. Partem as antenas dos ditos. Urram como as mães deles quando os pariram. Urinam contra as paredes do dormitório do Convento de Santa Bárbara. Para mim isso não é nada comparado, quando eles, os tais "buhlarianos", cumprimentam pessoas de aperto de mão, transmitido os vírus herdados dos pais. A maior prova de destreza é quando eles saltam os muros do museu, não respeitando, o agora sacrossanto lugar. Já lá vi seguranças na hora das trindades. Também têm direito a dormir depois do jantar ou a esconderem-se dos perigos da escuridão. No Continente, vulgo Portugal Continental, os seguranças andam aos tiros uns nos outros, (ao menos isso)... A PSP, depois, toma conta da ocorrência. E finalmente, os queixosos recebem dos tribunais o arquivamento do processo de investigação por falta de provas. E lá voltamos nós a prepararmo-nos para o próximo fim de semana. A minha vizinha estava sozinha em casa. Que teria acontecido se o menstruado assaltante tivesse dado com ela? Espero que a tão desejada Polícia Municipal venha dar um jeito à coisa. Com tanta falta de sangue nos hospitais e aquele perdido pela grota dos Manaias abaixo... A outra NOTÍCIA tão social como esta é também de bradar aos céus. Numa determinada piscina térmica da nossa cidade, um dos utentes que nela se banhava usava um dreno, pois tinha sido há pouco operado ao sistema urinário. Não havia problema nenhum, pois para o responsável (?) a água era filtrada e tratada. Muito bem! E os vírus? E os vírus?
MMB

Sunday, March 26, 2006

 

"SARISMO" NA GALERIA FONSECA E MACEDO

Há quem se coloque no lado de fora do percurso dos artistas e veja na arte o domínio e posse de espíritos degenerados...
Esta SARA MAIA, que nos surgiu como por encanto, pertence ao grupo da "NOVA REFORMA" da arte. SARA MAIA ameaça simbolicamente o quotidiano do burguês estabelecido. E, como se verá mais tarde, é este quem a requisitará no futuro , por "ordem" da estética e do "bom senso". Entrei na Fonseca e Macedo na hora do vazio das galerias... Aquela pintura gritou-me forte no meu verde pasto insulano recheado de eucliadianismos escolares e académicos. Será a artista boa da cabeça ou quererá ver-me em algum consultório psiquiátrico? Há artistas que enveredam pela crítica social, nesta linha de pintura (Meidner, por exemplo que morreu no século passado). Um expressionismo pouco canónico? Nada disso! Meidner é da área do social. E SARA? SARA sim! "Ataca" o mito bajulador das nossas almas engomadas por estilos bíblicos.Esta SARA é anti-canónica. Não deixa os espíritos em paz. Atrevida e cáustica. Crítica do fundamentalismo Ocidental, judaico-cristão? Bate,mas fá-lo docemente... O que nos vale é que - mesmo apegados ao sentimentalismo atávico que impede a reformulação das mentalidades por cá - vai acontecendo estas SARAS livres como os artistas devem ser.
No painel, recheado de pormenores de pinturas de artistas expressionistas (extremistas, e por que não?) deixo pistas para quem quiser ir mais além do que este comentário sugere.
Não estou à altura da crítica de pintura.(Isto é um livre passatempo) Não corro o risco de um tal VAUXCELLES (?) ,crítico de arte, que tentou destruir o Fauvismo, acabando por o difundir pelo mundo... Atrevo-me a designar o que se passou na Fonseca.Macedo de "SARISMO". É certo que terei de lá voltar para eleger um dos quadros e tentar lê-lo textualmente, perturbado e liberto.
MMB

 

ESPÍRITO RENOVADO-SARA MAIA na FONSECA.MACEDO


NA GALERIA "FONSECA.MACEDO" EM PONTA DELGADA-AÇORES, NA GALERIA NACIONAL DE BERLIM, NA GALERIA KORNFELD EM BERNA, NO MUSEU DE HANÔVER E NA FUNDAÇÃO ADA NOLDE ENCONTRAM-SE PINTURAS DE SARA MAIA, EMIL NOLDE, OTTO MUELLER, HECKEL E KIRCHNER. DESTAS PINTURAS RETIRARAM-SE ALGUNS PORMENORES QUE COMPÕEM ESTE PEQUENO PAINEL. A IDEIA É PARA QUE O LEITOR DESCUBRA A QUEM PERTENCE CADA PORMENOR, ENQUANTO NÃO SAI A CRÍTICA SOBRE OS TRABALHOS EXPOSTOS NA FONSECA.MACEDO DA AUTORIA DE SARA MAIA.
MMB

Saturday, March 25, 2006

 

O GENERAL, O MEU PAI, O TEATRO MICAELENSE E A BENEDITA DAS RENDAS

Quando em 1976 tomei posse, como professor eventual com habilitação própria, da cadeira de Filosofia no então Liceu Nacional de Ponta Delgada, passei a ser considerado por meu pai uma pessoa de respeito, isto por pouco tempo, uma vez que eu não alinho com esquemas de promoção social de qualquer tipo. Para mim as pessoas são todas iguais em princípio. Depois, se se transformam em "micaleses de fila" corto com elas. Depois de ter assinado o contrato, fui ter com meu pai que me esperava na antiga cervejaria Melo Abreu. Tive, pela primeira vez, autorização para beber duas canecas de cerveja na sua presença e em público. Tinha trinta e seis anos... Com a intimidade das canecas mais a minha nova postura adquirida, meu pai abriu-se comigo e contou-me a seguinte história: na Segunda Guerra Mundial, era ele tenente miliciano no exército, e estando numa parada no Quartel de São João, que mais tarde deu lugar à construção do Teatro Micaelense, quando foi reconhecido pelo general que comandava as tropas. Meu pai tinha sido seu aluno no Instituto Industrial de Lisboa. Daí a ter sido encarregado das construções dos hospitais militares foi um instante. Contou isto mais aquilo até que chegou ao ponto da história que vos quero relatar, porque penso que ela é importante, para ajudar o Director Regional da Cultura a justificar o embargo das obras que a Câmara Municipal de Ponta Delgada entendeu encetar e ajudá-lo nas investigações arqueológicas do lugar que tem dado tanto que falar. Numa determinada noite, vésperas da Consoada, o general sentindo-se muito só, chamou um sargento que tinha fama de conhecer lugares de má nota e pediu-lhe que lhe arranjasse uma coisa tenrinha para matar as saudades da família. O sargento sentiu-se promovido e para mostrar-se digno de tal ascensão na carreira das armas foi de pronto tentar arranjar munição ao nível de oficial general. É preciso esclarecer que o sargento era conhecido do general porque no continente o pai do sargento era feitor nas terras do general. Feitas as buscas na famosa Rua do Beco, o sargento arregimentou uma moça novinha em folha de duas mãos, de seu nome Benedita. Também chamada de Rendosa porque recebia do noivo da América, com quem estava apalavrada, calcinhas de renda em "nylon" - ou coisa parecida. Não só o general gostou da mocinha de programa (desculpem-me esta terminologia) como lhe pagou a preço de muitos escudos salazaristas (moeda fortíssima) as calcinhas. Consolado na Consoada, o general, como que milagre apaixonou-se e até certo ponto foi retribuído. Tinha uma pele muito fina apesar de entradote na idade, lavava-se muito, era dum trato elegante - descendia da velha nobreza portucalense - era como se costuma dizer nos salões da fidalguia, um cavalheiro. Utilizou esse amor várias vezes, pagando sempre muito bem, claro. Um dia a guerra acabou, e por via disso o amor do sexagenário general, que não era nenhum tolinho, note-se. Além de fidalgo, o general lia muito o pervetido Eça. E, foi debaixo das instruções queirosianas que ele para não cair na esparrela do Raposão, personagem da mítica "Relíquia", evitou levar consigo as rendas bem cheirosas da Benedita. E foi um general muito choroso, quem voltou a chamar o sargento "Pipi" para lhe ordenar que arranjasse uma caixa de Pau Santo (havia muito dessa madeira nos Açores, pois era com ela transformada em caixotes que chegava o açucar brasileiro dos engenhos). Ordenou o general que depois de a caixa estar pronta fosse enterrada em lugar secreto, contendo as calcinhas da Rendosa juntamente com um lenço seu debruado com o brasão de família. Debruado a oiro, diga-se em abono da verdade histórica. Ora bem. Parece-me que se justifica, a paragem das obras para vermos até que ponto, o Pau Santo da caixa do general se manteve intacto, contendo as preciosidades referidas. É Claro, que por cada dia que passa, com as obras embargadas por via dos putativos e históricos achados, a Drª. Berta Cabral encherá cada vez mais a urna da sua credibilidade política com os votos dos que desesperam por ver aquilo que é óbvio e necessário para Ponta Delgada.
MMB - Texto oferecido para publicação exclusiva no "CORREIO DOS AÇORES"

Friday, March 24, 2006

 

SÁBADO POLÍTICO /"A COMUNIDADE AÇORIANA AFLITA". UMA DEMISSÂO ESPERADA

Açorianos e seus descendentes, nos Estados Unidos e Canadá, perfazem a bonita soma de um milhão e tal de almas. Durante anos o seu sangue, o seu suor e as suas lágrimas chegavam aos Açores transformados em saudade e em dólares. Estes últimos serviram e muito as carências económicas dos familiares que deixavam atrás e numa segunda mas imediata perspectiva a banca sedenta associada à cumplice governação. O seu sofrimento era traduzido em lucro limpo. Chegavam de férias para matar saudades e eram tratados apenas como carteiras onde se podia retirar mais algum. Após o 25 de Abril, a Comunidade Açoriana começou a dar sinais de força política. Foi assim que toda a classe política oficial e não só se começou a movimentar no sentido de obter dela todos os benefícios. Espoliados lá como quase servos, os nossos irmãos de sangue, pois os trabalhos que lhes eram destinados ninguém os queria, maltratados na terra que os vira nascer pela ganância de uma burguesia habituada a ser servida sem querer dar nada em troca e finalmente recebidos com folclore e muito cinismo, os nossos emigrantes só servem para carne de canhão. Foi criada uma Direcção Regional das Comunidades para dar seguimento ao folclore e sobretudo para os controlar, não fossem eles por outrem serem manipulados. A coisa continuou na mesma. A Região, a Banca e Portugal receberam milhões de dólares dos emigrantes e investiram mal esse dinheiro. Investiram em coisas que a eles não dizia respeito. E tanto é assim que as estruturas que recebem os repatriados estão nas mãos de padres e outras entidades votadas à caridade. Isto serve para lhes dizer que eles, os emigrantes, não têm direitos. Que se desenrasquem como puderem e quiserem. Para que serve uma Direcção Regional, cuja responsável não sabe nada acerca dos assuntos que lhe deviam dizer respeito? É paga para apresentar obra - ela e os que como ela prestam serviço de interesse público. Resultado, na primeira contradição fica tudo com a careca à mostra. Isto até a política dar o respectivo tratamento. Que quer dizer enganar novamente os emigrantes com palavras cheias de lágrimas e de saudade. Questionda acerca do número de emigrantes sujeitos a serem expulsos, a Directora Regional nada sabe. Diz ela que gosta de rigor. Mas nada fez por isso. Ela própria o confessa numa infeliz entrevista. E a quantas festas foi ela mais o senhor César? Isso deve saber. E quanto dinheiro , do nosso, claro, foi gasto em banalidades? Fala-se em cerca de quinze mil casos de expulsão. Será o caos? Com certeza! Então, não cabia ao governo da Região fazer o levantamento antecipado da situação dos nossos emigrantes? Não cabia, também ao governo da Região preparar o apoio para posteriores desgraças? Ou estaria o senhor César a pensar no bispo de Angra e no maná do deserto para suprir futuras misérias? Temos o direito de saber que dinheiros tem a Direcção Regional das Comunidades para prestar serviços de apoio aos emigrantes. Temos o direito de saber que dinheiro foi gasto em viagens e outras benesses dos políticos do sector em causa. Isto é muito grave! Pode até dar origem à demissão de César, se a situação estiver fora do seu controlo. Este senhor não faz a mínima ideia do que serão milhares de emigrantes nas ruas a reclamarem e a pedirem contas , trabalho ou subsídios. Para já, a senhora Directora não tem condições para se manter no cargo. O bom senso exige a sua demissão. E digo isto para se salvar ainda o que pode ser salvo. Estamos a falar de política e não de casos pessoais. Existem boas pessoas que nada percebem de política...
MMB

Thursday, March 23, 2006

 

UM LIVRO PARA A DEMOCRACIA PEDAGÓGICA DO SEXO


Um livro de reforço para caminhos de consciência familiar e não só. G. Fernandes ajuda-nos a compreender melhor aquilo que julgávamos saber...
Este é um livro decentemente científico. É uma viagem construída por um psicólogo que sem alardear feminismos ou machismos nos coloca num camarote onde podemos reestudar, estudar, parar para pensar sobre coisas que ou tratadas por escrupulosos fundamentalistas ou por quem procura protagonismos num campo muito minado não nos tem compreendido. Trata-se de um texto rico em pedagogia, direccionada para vários "grupos de risco": os pais/educadores, os jovens (ou menos jovens), casais (em crise ou em vias disso).Um livro que será um válido auxiliar nas escolas viradas para a formação futura e higiénica. Leitor, encontre por aí o livro e depois diga qualquer coisa a si mesmo, porque eu já o li!
MMB

Wednesday, March 22, 2006

 

Cavaco, o Representante e a República

O Presidente português, nomeou um "Representante" da República Portuguesa para a Região "Autónoma" dos Açores. Logo os Açores não são Portugal, porque precisam de uma espécie de embaixador. Segundo a interessante Constituição (ainda de esquerda ...?, e ainda bem... ) Portuguesa , Portugal é uma "identidade política" contituida por Portugal - enclave espanhol (dito Continente) e os arquipélagos da Madeira e dos Açores. O "Representante" não representa o executivo português, pois foi nomeado por outro órgão se soberania. Nem tão pouco a Assembleia da República, outro órgão de soberania. Se Portugal é uma unidade, por que razão uma dessas três peças que formam "um" representa os interesses de Portugal nesse mesmo "um"? O Milagre da Santíssima Trindade também é coisa que mexe muito com a cabeça da malta. O Pai é Filho, o Filho é o Pai. E não contentes com este fenómeno de raciocínio à Padre Cruz, Irmã Lúcia e representante desses interesses voláteis para Portugal Dom Senhor Policarpo acrescentaram-lhe o Espírito Santo. Ou Santo Espírito como dizem os terceirenses. Os políticos portugueses são muito religiosos!!! Mesmo os ateus... Ora representa aqui,representa ali, por que razão nós não arranjamos um representante dos Açores-Portugal em Portugal-Continente? O Filho é menos que o Pai, sendo igual ao Pai? Será que a Madeira é uma espécie de Espírito Santo políticamente comparando? Segundo me disseram, o "Representante" é um simpático velhinho com setenta anos. Ainda bem! É que pensei que o Presidente Silva iria nomear uma das duas crias políticas açorianas do Dr. Mário Soares para representarem os "interesses da Constituição Portuguesa aqui". Espero que o Reitor que chefia a Procissão do Senhor Santo Cristo mande encurtar o trajecto da mesma. É que, com aquela idade todo o cuidado é pouco... E o Senhor Santo Cristo já não faz milagres há muito.
MMB

Tuesday, March 21, 2006

 

Segunda edição de "Confins do Hífen". Prefácio inacreditável do escritor Eduardo Brum. Encontra-se quase de borla (por causa do prefácio que reduziu a obra "muito pensada" do autor ao zero indiano) na Livraria Gil e no Café Cliper/Ponta Delgada.

 

Eduardo Brum surgiu no panorama cultural açoriano chegando numa nuvem negra.Criou a "Década de Oiro do Jornalismo Açoriano". Depois, tornou-se cinzento. A imprensa regional transformou-se numa pasmaceira taratológica e caritativamente "apatroada" sem a sua presença...

 
EDUARDO BRUM
Escritor, jornalista.A ele se devem os "Dez Anos de Oiro" do jornalismo açoriano. Dentro em breve, um suculento comentário sobre o criador da imprensa livre, descomprometida, sadia. Esteve, nesse período, trinta anos à frente das ideias retrógradas com que nos banhamos mornaçosos neste vale ... salgado. Até já!

Monday, March 20, 2006

 

continuaçãoo do art. "A Santa da Política"

 

A Santa da Política, artigo não publicado na imprensa.

 

Visita do Filósofo Victor Bastos a São Miguel. No prelo.

 

Visita do filósofo Victor Bastos aos Açores

No próximo dia 28 de Março, transcrever-se-á parte da entrevista que o Dr. Victor Manuel Bastos concedeu à Litósofa Editora-Aç. Consta de um interessante documento que versa, entre muitas outras coisas, sobre a pintura que por aqui se faz. O centro histórico de Ponta Delgada, também é retratado. O DR. V. Bastos contactou várias personalidades entre elas o DR. José de Almeida, a DRª. Berta Cabral, o poeta Victor de Lima Meirelles, o arquitecto e artista plástico Soares de Sousa, o empresário Cruz Marques, o Prof. Monteiro da Silva, o DR. Mendes Martins, advogado, o DR. Jaime Frederico Gamboa (prof. de Filosofia) o artista Miguel Pop, etc. Desses contactos irá sair um pequeno opúsculo da reponsabilidade da Litósofa. Estes trabalhos estarão futuramente disponíveis na Livraria Gil e no Café Cliper, tendo o proprietário, o conhecido empresário Guilherme Botelho cedido amavelmente uma vitrina para o efeito.
MMBento
Jor.CP-2754

Sunday, March 19, 2006

 

Confins do Hífen-Prefácio do Escritor Eduardo Brum /Livraria Gil/Café Cliper

 

no reino dos apedeutas

 

prefácio: carlos melo bento

 

filofla


filofla
O lançamento da primeira ediçao teve lugar na Fajã de Baixo, no restaurante "CASARÃO". O 1º. capítulo foi dramatizado e um dos actores foi o próprio DR. José de Almeida. A DRªMicá Vitória interpretou a personagem Mota Amaral.Data 1983

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