Tuesday, October 30, 2007

 

Até os passarinhos são vigiados. Clique na seta para visionar mais este acto de espionagem.


Sunday, October 28, 2007

 



AS ESCUTAS

AFINAL, AS ESCUTAS NÃO ESTÃO SÓ NAS MÃOS DE INSTITUIÇÕES OFICIAIS



O Procurador Geral da República, Pinto Monteiro, quando afirmou que o seu celular sugeria ruídos estranhos – o que na realidade se pode traduzir por escutas – não disse claramente quem estaria a interferir nas suas chamadas. Tanto podem ser : “Autoridade judiciária”, “Órgãos de polícia criminal” como “Autoridade de polícia criminal”. Estas instituições são compostas por centenas e centenas de juízes, juízes de instrução, magistrados do Ministério Público, entidades e agentes policiais, directores, inspectores e todos os funcionários policiais abrangidos pelo reconhecimento legal. Como disse e disse “bem” o ministro da Justiça, não se efectuam escutas sem a devida autorização. No caso, autorização do juiz específico para o caso em questão. O processo é moroso se se seguir os preceitos legais. Estaria tudo sob controlo se assim se procedesse. Os cidadãos estariam mais descansados pois o respeito pela funcionalidade das leis democráticas estaria assegurado. Porém, não acontece assim. A maioria dos cidadãos com mais ou menos protagonismo, quer este seja de ordem política, financeira, económica, religiosa, sindical, administrativa, etc., são efectivamente escutados por secções de elites ligadas à segurança do Estado. É natural que assim seja. E negar isto é ser hipócrita. É por esta razão que se evitam infiltrações no aparelho do Estado, principalmente nas zonas de maior melindre. Crimes de cariz sexual ilícito, uma vez ligados a personalidades cujas actividades estejam conotados com as tais áreas sensíveis, são controlados segundo a segundo. É o Estado a defender-se. O Estado Português é frágil e filtrando informações evita esboroar-se ou mesmo até fragmentar-se. Quando convém sair bem na fotografia, faz como a aranha quando tem uma das patas presas: larga-a. E mantém-se viva e sobretudo continua aranha. Daí que processos de meia tigela de corrupção com existência em alguns ministérios saltem para o grande público. Depois, castiga-se exemplarmente os culpados de meia tigela também. O fogo é apagado no início e a segurança de coisas mais sérias fica incólume. Ninguém gosta de perturbações. Nem o Zé Povinho… Ora, o Procurador Geral da República é uma pessoa de bem. Ao ser escolhido para o cargo viraram-lhe a vida do avesso. É uma pessoa impoluta. Desde a rua onde nasceu até ao último namoro passando pela sua Primeira Comunhão na paróquia da aldeia natal tudo isso foi escrutinado e aprovado. Repare-se que quando o capitalismo toma forma e poder – como é o nosso caso – certas personalidades representativas têm de ser anjos respeitáveis. É o caso de Cavaco, do Procurador Monteiro, do Jaime Gama, do Cardeal Patriarca, dos Chefes Militares, dos Directores Nacionais das Polícias. Os restantes, tanto podem ser levianos ou troca-tintas que tanto faz. Pode-se atacar o Primeiro-Ministro, segundos-ministros, inspectores de polícias, professores, deputados, etc. que isso só serve para espectáculos circenses tão ao gosto da populaça. Depois disto tudo mais ou menos discernido vamos à parte mais grave. Eu não acredito que o Procurador Geral da República Pinto Monteiro fosse tão néscio que se queixasse dos serviços que estão debaixo da sua batuta. O que ele quis dizer é que as interferências a que o seu telefone está sujeito são feitas à revelia do processo oficial. Isto é, são sectores da privada quem com aparelhagem de alta tecnologia se instalou entre nós e tudo vasculha. E, sabe-se lá com que intenções… Não é gratuitamente, por exemplo, que se soube do que disse o ex-Presidente Sampaio quando comunicava através do seu celular. É um homem de esquerda e não o esconde… O capitalismo voltou e com ele o “rigor” à laia de J. Edgar Hoover. Finalmente. Quem pode identificar, em Portugal, as centenas de milhares de chamadas, catalogá-las conforme os casos – políticos, financeiros, sexuais, religiosos, militares, etc. – a não ser milhares de funcionários? O que Pinto Monteiro não sabe é que a privada (o tal capital que hoje vergou o Estado Português) tem instrumentos mais capazes do que os seus serviços. Por essa razão não tem assim tantos funcionários. Até, porque estes e suas aparelhagens estão algures nos EUA. Como é evidente! Para terminar. Na Itália a Máfia e o Estado são duas instituições com poderes equiparados. Melhor dizendo, são dois Estados separados. Em Portugal, e para mal dos nossos pecados, a nossa mafiazinha não quer separar-se do Estado. Comece por aí, Excelentíssimo Procurador Geral da República.
manuelmelobento

Tuesday, October 23, 2007

 
ESTE BLOGUE PASSA A ESCREVER COM O PINCEL. É UMA ESPÉCIE DE CARTA PARA OS AMIGOS. SEGUNDO O PGR ESTÁ TUDO CONTROLADO. NÃO ARRISCO. DECIFREM...



Monday, October 22, 2007

 
Clique na seta para visionar o video. A modelo mexia-se muito, daí as tremuras da imagem.

 

Sunday, October 21, 2007

 
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Saturday, October 13, 2007

 



ESTA COISA DA POLÍTICA


Não passa pela cabeça de ninguém que Carlos César, chefe do executivo açoriano e socialista por opção de vida, se tenha aproximado “verbalmente” e formalmente de Alberto João Jardim sem ter concertado com Sócrates esta nova postura estratégica: criticar o Governo Central pela falta de compreensão deste para com o povo ilhéu e para com as suas “constantes e crescentes” aspirações. Ora vamos inventar… Sócrates faz que sim e que sim a Cavaco – Presidente da República – para poder governar sem que a “bomba atómica” possa impedir os objectivos a que se propôs: tornar Portugal uma espécie de Irlanda. Convém governar e deixar Cavaco pensar que tem um papel insubstituível no governo da nação. Mas nada mais do que isso. A Cavaco convém este estado seráfico e de balança. Nunca se pronuncia a não ser para repetir o que outros disseram e que poucas ondas fizeram. Nas ilhas disse o mesmo que Sampaio acerca da autonomia. A malta fica chateada mas depois passa-lhe. Contudo, é preciso desgastar a imagem de Cavaco, não vá ele transformar-se num “monstro” mas sagrado. Toda a gente sabe como reage o dr. Alberto João. Nada pior para um Presidente da República estar proibido de dizer numa parte do País aquilo que pode dizer noutra. O líder madeirense remeteu o Chefe do Estado para o papel que lhe está guardado: representar o povo e não o contrário, isto é, ser o povo a fazer a cabeça conforme e à medida do seu máximo representante. Cavaco engoliu. Na Península Ibérica, esboçam-se certos comportamentos de libertação e de autonomia progressiva em várias regiões. Cavaco não deve ter lido os jornais espanhóis. Ou, estará ele a reforçar – tal qual Sócrates – a aproximação com a Espanha na medida em que só agora Portugal se alia a ela oficialmente para combater exércitos separatistas internos que “parece” só agora assentarem arraiais no nosso território, que é como quem diz aquartelamentos. Estes comportamentos dão a entender que os políticos portugueses continuam a desconhecer a realidade dos arquipélagos. Para os manter inertes e inofensivos perante as suas políticas centralistas inventam um discurso sazonal. Um dia, a política realista terá de ser reformulada. Se Luís Filipe Menezes conseguir alterar a Constituição havemos de ver o que será feito das políticas para as ilhas. Quem ouviu o discurso de Alberto João Jardim no XXX Congresso social-democrata há-de perceber que as autonomias não são estáticas nem conformistas. Não percebi o que quis dizer Cavaco Silva ao comparar o desemprego no “Continente” com o dos Açores. Ainda por cima elogiou o povo açoriano como se estivesse a fazê-lo a um povo estrangeiro. Estaria Cavaco a criticar Sócrates indirectamente para se vingar da esparrela que os conluios socialistas lhe criaram? O que pretendem as regiões autónomas – através dos seus representantes oficialmente eleitos conforme os preceitos constitucionais - se são também Portugal? Desligar-se de uma governação e de uma vivência continental que entra ano sai ano não parece ter um rumo aglutinador? Desligar-se de um Portugal incomodado com “Abril” e que está todo entregue a um economicismo desumano e contabilístico? Desligar-se de um Portugal que dia sim dia não dá o dito pelo não dito em relação à “autodeterminação autonómica” dos seus territórios ilhéus como tudo levava a crer se iriam transformar? Madeirenses e açorianos são portugueses! Se ainda não perceberam isto, declarem-no de uma vez por todas. Portugal europeu irá perceber mais cedo ou mais tarde.
manuelmelobento

Tuesday, October 02, 2007

 



A VITÓRIA DE PEDRO

Tudo leva a crer que os próximos cinco anos sejam do domínio absoluto do Partido Socialista. A próxima maioria parlamentar está ao seu alcance e isso deve-se ao facto de o eleitorado identificar-se com a política do Primeiro-Ministro. Apesar das limitadas críticas jornalístico-comentarísticas, as únicas à excepção da comédia mensal e cadenciada em São Bento, Sócrates deu uma imagem de determinação a que há muito não estávamos habituados. A eleição de Luís Filipe Menezes para líder do PSD veio reforçar ainda mais o Primeiro-Ministro. E, isto deve-se ao facto de agora em diante a social-democracia apresentar duas frentes. Menezes é obrigado a chefiar a pulso uma delas enquanto a outra permanecerá no submundo das espreitadoras ex-estrelas de primeiro plano. Santana Lopes se souber distanciar-se de ambas poderá dar origem a uma vaga de fundo. Para isso basta-lhe fazer férias no “front” e actuar sub-repticiamente em doses higiénicas. É o único que poderá congregar o espírito de oposição já que Cavaco estará mais disposto a aceitar a flexibilidade como meta política de Sócrates. Já o declarou e por escrito. Cavaco ao propor-se a uma reeleição sujeita-se a voltar a ser o candidato oficial do PSD piscando o olho aos socialistas. Menezes é capaz de colocar Cavaco entre a espada e a parede. Cavaco não sobreviverá a uma recandidatura isolada. Vai ter de optar. Não haverá de novo uma reeleição à Ramalho Eanes. Mário Soares está fora do baralho. Manuel Alegre nada tem a ver com Portugal europeu e ser “antiflexissegurança” já não pega neste corredor neoliberal onde nos estamos a sentir atolados mas seguros. Resumindo: Cavaco é o presidente de todos os portugueses até ao momento em que pense recandidatar-se. Aí passará a ser o quê? Os partidos dirão a última palavra. O 25 de Abril abriu as portas a um Portugal desconhecido: o Portugal das elites partidárias que vivem à custa do Estado. Uma burguesia muito poderosa porque é por ela que passam os interesses do grande capital e o filtro dos eleitos. Neste momento ninguém se atreverá a opor-se a ela a não ser fragmentando-a. Ao inverter-se o processo de eleição dos líderes social-democratas pelas directas é de crer que se esteja a forjar um novo modelo de combate ao socratismo mais sólido e respeitável do que aquele que estava na antiga metodologia moribunda e desajustada. Para Santana Lopes quanto mais se queimarem no palco os presidenciáveis mais resguardado estará. E tudo pode acontecer para além dos desejos pela presidência, que é como quem diz ainda está em aberto a sua aceitação como futuro primeiro-ministro, uma vez que passados dois anos começa-se a julgá-lo de modo diferente. É que comparativamente ao que se passa com uma certa degradação na política, Santana reconquista, por direito próprio, o lugar como político de primeiro plano. Menezes, pelo que se espera dele, é capaz de não estar à altura. Sintomas como a da visão do Norte não jogarão a seu favor. O futuro dirá se para tanto vier a manifestar-se.
mmb

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