Monday, December 31, 2007

 


 
Depois de boas mortes, nada como boas festas.
À EUROPA









 

Ao George Bush, ao Blair, ao Durão Barroso, ao Aznar e a todos aqueles benditos que contribuiram para melhorar a vida na terra aos seus semelhantes.

Wednesday, December 26, 2007

 



O QUE SIM E O QUE NÃO OU O QUE NÃO E O QUE SIM DE 2007

O festival em Lisboa que reuniu a fina flor dos políticos europeus com os políticos da fina flor africanos cujos objectivos e resultados se podem verificar no fácies do Ministro dos Negócios Estrangeiros anfitrião; a recuperação de José Pacheco Pereira como comentador político-económico no final do ano; a utilidade do “Eixo do Mal”, principalmente as intervenções de Clara Ferreira Alves; a tentativa de assassinato do “fôguetabrase” pela novel concorrência e a volta airosa com que Nuno Barata a susteve; “ à laia da América Latina”, o Presidente dos Açores eterniza-se no poder cooptado por uma enorme onda de fundo de grandes crânios que o quer ungir – uma espécie de Constituição chàvezista; o assalto dos responsáveis da CGD/Estado/Socialista ao BCP para limpar borrada privada; a denúncia de Joe Berardo ao PGR e à inutilidade da mesma; a eleição de Luís Filipe Menezes como Presidente do PSD e correlativamente a entrega da liderança da bancada social-democrata ao antigo Primeiro-Ministro Pedro Santana Lopes; o namoro do Presidente da França com uma antiga mostradora de modas e a consequente alteração da concepção de dignidade de Estado francês; o montante escandaloso de algumas dividas sem explicação de câmaras municipais; a conversão de Mr. Blair ao catolicismo humanista; o lançamento de “Rio das Flores” de Miguel Sousa Tavares e as críticas de Vasco Pulido Valente sem o ter lido; a procura de pinturas de Victor de Lima Meirelles nos Açores e em Portugal; os estragos que “O Tecido do Cosmos” de Brian Green fez quando caiu em cima de um Bolo Rei; o lancinante apelo à fornicação dos portugueses feito pelo Presidente da República; o soco de Scolaris num adversário de Portugal e o apoio oficial ao acto; o apelo à paz de Bento XVI depois de ter iniciado uma ténue ruptura com o islamismo; a liberdade de expressão e o processo disciplinar a José Rodrigues dos Santos por ter-se permitido opinar num meio de comunicação social; as mortes nas estradas, principalmente nas épocas festivas; os juros, em milhões de euros, que o Estado português paga a certa banca para cumprir os compromissos dos seus próprios calotes; a riqueza acumulada por aqueles que tendo chegado com uma mão à frente e outra atrás à política justificada pelo poupadinhos que são; o desemprego dos actores portugueses a seguir a êxitos estrondosos; as crónicas de Lobo Antunes depois da doença; o amor ao próximo…
Boas entradas!
mmb



Wednesday, December 19, 2007

 
ESTE BLOGUE FECHOU PARA FÉRIAS
mmb

Wednesday, December 12, 2007

 

BOAS FESTAS A TODOS E A MARGINAL ZAMBI DE QUEM RETIREI O POSTER POR OFERTA.

Monday, December 10, 2007

 



COPO, BALA E CIMEIRA, OU COMO UM TEXTO PODE SER CONFUSO

Ou levamos com uma bala perdida ou ela (a bala) vinha de encomenda. A noite, em Portugal, está a ficar perigosa? Depende! Daqui a uns dias ficamos todos proibidos de fumar. Ir a um lugar de diversão nocturna será muito mais seguro, tendo em conta a saúde dos nossos pulmões. É proibido fumar, ponto final. Espero, ansiosamente, que se legisle no sentido de também ser proibido atirar a matar… pelo menos quando se sai de sítios de má nota. O fado vadio e a faca na liga já eram. Agora é a pistola automática à cintura. Os tempos mudam e os hábitos higiénicos também. Sérgio Sousa Pinto, deputado europeu – que eu não sei ainda bem o que significa – aparece-me na pantalha a falar do êxito da Cimeira EU-África. Falam os europeus em direitos humanos depois de séculos e séculos a destruir África e a matar impunemente os seus povos. Todos os líderes africanos provaram as prisões dos colonialistas. Alguns foram espancados e mortos. Ah, não havia ainda a sensibilidade para a igualdade. É passado, dizem os actuais democratas… O senhor Mugabe foi apontado a dedo. Por causa dele, o Primeiro-Ministro inglês não veio a Lisboa. O senhor Mugabe, que eu saiba, também provou as prisões dos ingleses. Mais, quando estava na prisão dos ingleses, não foi autorizado a ir ao enterro do filho. O senhor Ian Smith, o inglês que governava o Zimbabué na altura, não o permitiu. Os ingleses (e outros colonialistas) têm as mãos sujas de sangue. Este ainda está muito fresco. Lembro aqui que os judeus, que eu saiba, não estão na disposição de perdoar os nazis que os iam dezimando da face da Terra na primeira metade do século XIX. Ainda andam à caça deles. Há pouco tempo, um líder africano que veio à Cimeira de Lisboa, teve a sua casa bombardeada cirurgicamente pelos ocidentais. Por acaso escapou ileso, mas uma sua filha ainda bebé foi morta no ataque. Veio recheado de guarda-costas… pudera não. Qualquer pessoa normal e que se pusesse no lugar dele pensaria assim: esses assassinos ainda me matam com uma bala. Os europeus pensam de outro modo: esse assassino (ele não é flor que se cheire) tem de ser muito bem protegido pois nós queremos que África volte a ser uma zona pacífica não só para irmos lá brincar aos safaris como para continuarmos a papar-lhes as matérias primas que havemos de transformar para voltar a vendê-las aos ditos cujos… Até agora, os noticiários não relataram qualquer tiroteio à porta de discotecas. Ah, ainda é cedo! Mais, os líderes africanos vieram e voltaram vivos. O que é obra! Deve ter sido porque a Cimeira de Lisboa não incluiu nem americanos nem israelitas que são peritos em atirar a matar nos chefes políticos adversários. Se não estou em erro o Mr. Bush deu ordens específicas para se matar um dos mais conhecidos, não tem dois anos. Eu refiro isto porque ouvi no programa “60 Minutos”. Não tirei da minha cabeça. Nunca me passaria pela cabeça que um chefe de Estado fosse capaz de ser uma espécie de mandante de crime de sangue. O senhor Mugabe deu livre trânsito aos seus conterrâneos para assaltarem as fazendas dos ingleses que eram até muito prósperas. Depois disso foi o caos. Faz-me lembrar o que aconteceu no Alentejo logo após o 25 de Abril de 1974. Os camponeses foram-se às herdades dos ricos e paparam-lhes o gado e as pratas. Em Lisboa, centenas de famílias ocuparam casas que não lhes pertenciam e até hoje os seus senhorios andam à nora. Esquecer não é tão fácil como parece. Mandela perdoou aos europeus os 27 anos de prisão por querer uma África do Sul liberta. Porém, Mandelas só há um. Às vezes custa perdoar. O Primeiro-Ministro inglês (ou britânico, nunca sei) está muito ofendido com Mugabe. Ó senhor Brown, o senhor não quer que lhe lavem o rabinho em água quente? O pior de tudo não são estas tretas de cacaracá. O pior, foram os vinte milhões de euros gastos com a Cimeira. E são os portugueses, que estão de tanga desde que o Durão Barroso tal descobriu, quem irá pagá-los para que os nossos minorcas da política brilhem durante o tempo de passagem de uma estrela cadente. Porque está-se mesmo a ver que quem vai ganhar com este teatro comercial são os outros. Se os políticos portugueses não fizeram papel de rapaz das voltas, eu vou ali e já venho. Está a falar o quadratura Pacheco Pereira. Um homem da história e da cultura. Deixem-me ouvi-lo, preciso dormir. E nada melhor do que uma ave canora para nos fazer cair nos braços do Morfeu. Eu, apesar da idade, prefiro uma “morfeuísta”, não vá o Morfeu declarar-se gay e activo.
mmb

Friday, December 07, 2007

 



“A NAMORADA ENGANADA” NÃO FOI AINDA ROUBADA

Ultimamente tem aparecido na comunicação social nacional e internacional bastas referências aos roubos de obras de arte cometidos pelos alemães. Claro que a referência é feita para acusar os ditos nazis que perderam a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. A última notícia sobre um putativo roubo seria imputado a Hitler. Isto é, o chanceler alemão teria feito uma lista de obras de que queria apoderar-se. Melhor dizendo, na boca dos investigadores aliados, roubar. É preciso descaramento Herr Hitler! Vai roubar para o calhau! Isso não se faz. Li a notícia deitado na cama e adormeci. Deve ter sido por isso que sonhei com o dr. Goebbels, ministro da Propaganda do Fuhrer. Eis o relato do sonho com o propagandista do Terceiro Reich: “Senhor doutor fale em português, porque só consigo dizer meia dúzia de palavras na língua de Goethe.” “Vai ao Museu Britânico e vais ver o mais rico espólio de arte de todo o mundo que eles lá têm. Tudo roubado pelos ingleses! O que aqueles pulhas roubaram é indescritível. Só na Grécia foram os frisos e várias figuras do Templo Parthenon. Investiga o Lord Elgin e vais confirmar o que te digo. Era o chefe da “recolha”. Estou a lembrar-me daquilo que o Mussolini roubou na Etiópia: um enorme obelisco com 24 metros de altura e que pesava cerca de 180 toneladas. É obra! No Egipto, os ingleses só não levaram a areia do Vale dos Reis, porque não saberiam onde a colocar. Menino, onde está um inglês ou está um espião ou desaparece uma obra de arte. E o pior, é que depois de descobertos, eles não querem devolvê-las aos seus legítimos proprietários. Dizem que é para não abrirem precedentes… Todos os povos roubam que se fartam. Até a civilizada Dinamarca atirou-se à Islândia e foi o que se viu. Milhares de manuscritos que pertenciam à sua História não escaparam à sua sanha maldita. A conhecida Pedra de Roseta foi roubada ao Egipto pelo próprio Napoleão. Bem, tenho de desaparecer porque estou muito fraco de energia.” Fui investigar e, de facto, confirma-se o que disse o suicida nazi. Hoje, comecei a matutar sobre a questão e não é que ainda há pouco tempo recordei uma notícia saída num jornal lisboeta que dizia que o nosso Primeiro-Ministro tinha tido uma espécie de vergonha em pedir ao Presidente francês que nos devolvesse as nossas pratas, ouro e pinturas que as tropas da Liberdade- Igualdade-Fraternidade napoleónicas nos tinham roubado por três vezes aquando das invasões no século XIX e que com uma inaudita desfaçatez expõem nos seus museus. “É para não ofender”… Ou então, na pior das hipóteses, não fosse o francês arguir que só nos devolveria o que tinha roubado (ele representa-os) se nós fizéssemos o mesmo com o ouro que Dom João V “trouxe” do Brasil. Só se é isso? Terá havido algum povo que tendo invadido outro não “recolhesse” obras de arte? Eu não sei! Talvez os americanos no Iraque. E digo isso, devido à ignorância dos seus soldados… ou talvez não. Quem sabe? Bem vou terminar. Imaginemos que os ingleses, na falta de divisas, colocavam algumas das obras “desviadas” em leilão. O que diriam as polícias especializadas em apanhar os ladrões “particulares” que se dedicam ao roubo de peças raras e que vivem em permanente sobressalto quando de tal facto tivessem conhecimento? Coleccionadores Mafiosos e ex-Presidentes quando são apanhados ficam sem elas. Ó senhor Juiz Baltazar Garzon veja se consegue um tempinho para “atacar” os ingleses e colocá-los na barra dos tribunais internacionais, já que o senhor é um perito-justiceiro internacional.
PS: A pintura que ilustra este texto “A Namorada Enganada” foi colocada à porta da rua. Esteve “em exposição” 4 horas. E não é que ninguém a roubou. Safa! Nunca mais sou reconhecido como pintor. Talvez depois de morto.
mmb


Tuesday, December 04, 2007

 



O BIFE À MESTRE D’AVIZ

Ontem, o programa Prós e Contras, apresentado pela jornalista Fátima Campos Ferreira, veio ao encontro do apelo-questão do Presidente da República que teve lugar na cidade de Gouveia a semana passada. Pode-se afirmar sem receio de errar que Prós e Contras é um evento que limpa um pouco o pobre panorama das estações de televisão nacionais. É bem estruturado, tem substância e sobretudo dá a conhecer a opinião de intervenientes com nível intelectual. Lá, defende-se tudo e tudo se ataca com argumentos credíveis. Estava em discussão a diminuição e desaparecimento da população portuguesa. Médicos, psicólogos, progenitores multiplicadores por excelência, filhos martirizados por carências económicas e outras individualidades afins. O melhor da noite coube a uma psicóloga-filha-carecida-mãe-contratada-a-prazo. Disse a proeminente futura parideira ainda não satisfeita com um só rebento: meus pais deixaram uma herança de respeito que se caracteriza por terem deixado aos filhos muitos irmãos. Ao todo são oito. Começara a trabalhar aos dezasseis anos para poder pagar os bilhetes de cinema e também para poder acompanhar as amigas a um cinemazito. Ah, e também poder comprar alguma roupa de marca. Estudou e trabalhou, tornando-se psicóloga. Neste momento trabalha com um contrato a termo certo. O marido também se encontra na mesma condição. Lembrou, às tantas, que enquanto vivia com os pais, bife era coisa que lá em casa não entrava. Questionada por Campos Ferreira acerca da possibilidade de ter menos irmãos, pois tal facto permitir-lhe-ia comprar a tal roupa de marca, respondeu que não trocaria (não faria desaparecer) os irmãos por uma camisola. O público aplaudiu. Parecia um serão para trabalhadores, onde se apelava à pobreza estóica e à submissão aos ditames do Estado Novo. Julgo que depois de assistir o Prós e Contras a malta vai repensar na estupidez de não ter filhos e prontificar-se para os “fazer” de imediato. Campos Ferreira cumpriu e bem as orientações dos nossos maiores e fez mais: treinou a psicóloga para levar a bom termo os objectivos implícitos. Não é fácil arranjar-se uma interveniente provinda do público anónimo que tenha brilhado na defesa dos seus pontos de vista que “por acaso” eram os do Estado e seus mentores. A psicóloga falou para tolos e basbaques. Não vou explicar. Não há pachorra. Porém, vou colocar à brilhante behaviorista duas questões que me parecem ser de primordial importância. Acontece - que eu saiba - que ninguém no seu juízo perfeito troca um parente vivo por um par de cuecas da estilista Fátima Lopes. Mas, perante as dificuldades existentes num lar com três assoalhadas, habitada – como era o caso – por onze pessoas, não seria mais óbvio não ter tantos filhos a passarem as passas do Algarve e poder comer um pouco melhor, vestir um pouco melhor, uma higiene melhorada e ter tido uma adolescência normal, sem ter de matar um irmão por uma peça de roupa? Invertendo a questão, não se mata o que não é vivo… creio eu. A outra questão, que não deixa de ser pertinente, é o facto de os portugueses não procriarem e estarem sistematicamente a emigrar para a Espanha, Alemanha, França, Luxemburgo, América do Norte e do Sul, Canadá e Bermudas. Com Portugal a bater no fundo, julgo insensato polvilhá-lo desordenadamente com filhos, cujo projecto de vida se não é a vida nocturna – que está perigosa – é o desemprego. Mais tento na bola, minhas queridas. Sabemos que estamos programados para procriar, porém, não esqueçamos que o mundo está perigoso e dominado pelos capitalistas e globalistas que se estão nas tintas para os pobres como é o caso da psicóloga que o afirmou com garbo e destemor. Não é vergonha ser pobre, burra é que não. Bem, vamos à receita do Mestre d’ Aviz. Esta receita foi passada de geração em geração, porém, houve gerações que a arquivaram na falta do melhor: o lombo de vaca. Nos Açores, a malta chama ao lombo carne de lagarto (calculo que seja porque ele foge muito às bolsas). Corta-se o lombo em rodelas com três centímetros de altura. Com uma faca pontiaguda esfaqueia-se (salvo seja) – três vezes ou quatro cada rodela de carne. Depois, mete-se no orifício feito pela faca um dente de alho que levou um pequeno toque para abrir a acidez. Tempera-se com sal o qb. Numa tigela à parte machuca-se alho misturando-o com vinagre de vinho de qualidade, vinho tinto do bom e pimenta malagueta em calda. Em São Miguel/Açores é o que não falta. Depois, coloca-se a carne de bife dentro da tigela e com as mãos (lavadas) envolve-se o molho com ela. Deixa-se estar umas duas horas a tomar o gosto. Não esquecer que durante esse período se deve apertar com jeito a carne. Não é preciso apertar muito para não doer nem magoar a carne. Frita-se em manteiga que se aquece com cuidado. Aconselho a não passar muito o bife, pois pode-se pôr tudo a perder. Se optar por não seguir os trâmites desta receita, dedique-se à procriação. Dá mais gosto mesmo de estômago vazio.
Notícia histórica: esta receita foi trazida pela "bife" Filipa de Lencastre. Na noite de núpcias presenteou Dom João I com um rico naco de carne temperado à maneira. Disse-lhe que o tornaria um leão com cio. O leão na selva é o maior. Dom João assim fez. Resultado: a inclíta geração e não só.
mmb


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