Thursday, April 30, 2009

 
Paz Rural Posted by Picasa

 

Varett expõe "Paz Rural" no Museu do Chiado ". Sem autorização, claro!

Clique na seta para ver o video.


Wednesday, April 29, 2009

 
"A Cróia" ao colo de Varett.
Posted by Picasa

 


O quadro "A Cróia", de Varett, foi exposto no Museu Berardo - Centro Cultural de Belém - e cedido a este blogue para confirmação de como esteve vários dias naquela sala, ao contrário do que foi dito pelos responsáveis daquele espaço cultural elitista pago por todos nós.


Tuesday, April 28, 2009

 
Exposição online - estúdio Varett

Thursday, April 23, 2009

 


Portugal no 26 de Abril

Sunday, April 19, 2009

 
PACTO DE RACIOCÍNIO – Bloco 3
(Continuação)

O futuro É um sentido. Um dos muitos que possuímos. Enquanto o sentido da visão nos permite percepcionar o objecto (deixemos em paz os mecanismos cerebrais que apoiam este sentido), o sentido do futuro é como aquele e outros, um epifenómeno do movimento.
Os sentidos devem a vida ao movimento. Até mesmo quando visualizamos o passado, como registo, este só existe se um futuro o der vida. Por outras palavras, é no futuro que revejo o passado. E este nunca é o mesmo. Basta pensarmos que a sua revisão significa “passado” duas ou mais vezes. Passado revisto uma vez não é o mesmo que quando revisto duas vezes.
É que o movimento que acompanha o primeiro nunca será igual ao movimento que acompanha o segundo e por aí adiante.
Preparar o futuro é como preparar um cheiro, uma visão, um tacto, etc.
Existem objectos que gostamos de ver mais do que uma vez. Estou a vê-lo ou já o vi…
É que nunca poderemos esquecer que mesmo parados estamos a envelhecer, isto é, temos connosco um movimento no nosso tempo interior. As nossas modificações são o movimento. E tudo que está em nós está em movimento. A nossa visão mesmo parada num objecto (parado também) sofre o movimento dela mesma: envelhecimento do órgão, neste caso.
Como pode o passado (registo) influenciar o futuro?
O passado só o poderá fazer sob condição humana. Se o homem pode influenciar o futuro, que limites tem o futuro?
Quem quiser consultar o futuro tem de o fazer à luz da ciência do universo e do seu movimento.
O conhecimento da ciência é o conhecimento dos factos. Só os factos fazem ciência, fazem o universo. O homem ilude-se ao julgar pensar os factos. O que ele faz é repensá-los. O homem só poderia pensar os factos se eles no momento de se darem, os factos e o homem fossem ambos uma e a mesma coisa. Ora, na área do humano a ubiquidade não é possível, melhor, ainda não é possível.
Um facto antes de o ser (na visão do homem) só se concretiza “a posteriori”. O homem só prevê os factos detrás para a frente e nunca ao contrário. Pode intelectualmente fazê-lo se viajar à velocidade da luz e tendo em conta a possibilidade de existirem mais do que um universo.
Mesmo que o homem preveja com rigor os factos que hão-de vir, prevê-os no futuro. Mesmo que possa ver o futuro, só o movimento permitirá realizar tal façanha. Daí que o futuro ande mais devagar do que o movimento específico. Pode concluir-se daqui que o futuro e o movimento em referência apresentam andamentos distintos.
Esta é uma leitura humana “recheada” de lógica humana. Nem uma nem outra têm autoridade para, fora da linguagem humana, encontrar soluções.
A ciência – o universo – até hoje comunicou com o homem. Este, sim, tenta “falar-lhe” enquanto ela permanece distinta e alheia aos seus sentidos e previsões.
O homem deambula entre previsões e possíveis descobertas, mas trata-se apenas do homem julgado capaz de ser diferente das substâncias que o enformam e o constituem.
(continua) .

 

PACTO DE RACIOCÍNIO
Bloco 4
O futuro que decorre de uma figura com movimento torna o presente passivo.
Visões do futuro
O desenrolar do movimento acompanhado da actividade do homem (repensar, observar, etc.) torna o futuro como sujeito. Um sujeito suposto ser analisado nunca no agora mas sim em expectativa.
O futuro não sendo senão uma figura de retórica que decorre de uma actividade mental cativa o presente tornando-o prisioneiro no registo. Um registo que é memória. E esta tem residência própria. Nunca poderei ter memória de uma coisa que está a acontecer, mas sim do acontecido. “O que está a acontecer” o próprio verbo indica o futuro…
Presente e passado são facetas de um mesmo plano porque se transformam em dados adquiridos. Tanto assim é que podem ser referidos e catalogados. Por isso nunca o presente é presente.
O sentimento é activo: é movimento.
Se o presente fosse movimento teríamos de encará-lo como acção e não como memória. Ora, primeiro existe a acção e só depois a memória dela. E quando esta surge serve para recordar o registo que é aquilo que designamos presente.
Para entender o presente tenho forçosamente de apelar ao futuro. Seria absurdo considerar que para entender o presente recorresse ao presente.
“Recordo o presente momento” é já de si um absurdo tanto de raciocínio como de expressão. Recordo o passado porque o movimento (futuro) o permite é mais condizente com a maneira de ser das coisas.
Se eu pudesse deslocar-me à velocidade do futuro não haveria futuro. Porque não consigo viajar tão depressa não o posso observar. Só como sentimento o posso pressentir.
Tentar quantificar o futuro talvez seja a melhor maneira de o entendermos.
Embora movimentando-me mais lentamente que o futuro nunca poderei parar em relação a ele, nem posso estar parado em relação aos registos (presente e passado).
Que começo tem o futuro se ele só sobrevive no seu próprio movimento?
No princípio do movimento?
Para considerar-se o princípio do movimento seria necessário concebê-lo como o fim do repouso. Fim do repouso… disparate. Seria um não movimento aquilo que antecederia o movimento. Quem está autorizado a dizer que na ausência do movimento existe o repouso?
O raciocínio humano criou o não movimento (repouso para não complicar) porque não encontra melhor saída para a questão.
O movimento tem regras – mais ou menos movimento – enquanto o repouso só a imaginação o conceptualiza.
O movimento tem etapas, velocidade e desvios. O repouso para ter significado teria de ser caracterizável. Só o fazemos apelando ao movimento, isto é, dizemos o contrário deste. Nem pode ser mais ou menos repouso, porque implicaria uma certa actividade. Não tem começo nem fim. Se tivesse começo, sê-lo-ia fruto de uma paragem do movimento. Considerar o fim do repouso seria concebê-lo esperando que o movimento arrancasse.
Se o repouso antecedesse o movimento teríamos de encontrar um momento de separação.
Só se existir como forma pensada. Tratar-se-ia de um registo coloquial… independente da nossa capacidade de observação.
O movimento é determinado pela mudança. E mudança é o futuro. Difícil é pensar o repouso, pois este não muda. Uma coisa que não muda poderá ter existência? Alguns inventaram-na e bem…
Facilmente detecto o movimento mesmo que este permita pensar o seu contrário. Será que vou encontrá-lo usando somente o pensamento? Que bom que seria…
Se o repouso não se movimenta, terá, então, de haver uma só “qualidade” de repouso. Algo sem partes, tipo ponto da geometria euclidiana. Safa!
(Continua).

Thursday, April 16, 2009

 

PACTO DE RACIOCÍNIO - I
Pretenda-se como começo de aceitação que os seres vivos, e neste caso em apreço o animal homem – deixemos os nossos companheiros planetários em paz até sabermos mais qualquer coisa sobre eles – é uma composição única proveniente de uma junção entre um óvulo e um espermatozóide. Isto é, até opinião em contrário e válida, um compósito compactado.
Deste compósito, e em determinadas condições, resulta do seu desdobramento um ser que após etapas de crescimento isolado e em conjunto com o seu grupo social se autonomiza em variados comportamentos.
Em crescimento o homem – o ser em questão – descobre por si as cores das coisas, o cheiro que delas emana, a temperatura, o sabor, a impressão, etc. É claro que se pode educar a impressão que se tem, assim como tudo o resto. Mas, nada nos leva a crer que a estrutura de base onde assentam esses conhecimentos interiores não sejam parte integrante do tal compósito. Não vale a pena levarmos adiante a leitura deste texto se não estivermos de acordo com estas noções básicas. É que sobre estas iremos desenvolver as teorias que se irão difundir.
Por exemplo, o sabor a sal é registado aquando da primeira vez que é detectado pelas glândulas salivares. O homem distingue o sabor a sal do sabor a leite logo nos primeiros dias de vida. Fá-lo rejeitando um e aceitando o outro. Daqui resulta um comportamento que advém da sua própria estrutura biológica ou através do conhecimento. Do conhecimento reflexivo não parece ser o caso. Rejeição automática é mais provável para classificar o comportamento. Uma coisa se nos mete pelos olhos adentro: a vida continua com a opção certa. Pela vida fora o homem para sobreviver toma sempre a opção certa. Salvaguardando-se os casos, claro está, quando estiverem em jogo outros valores, como por exemplo a atitude ética. Justifica-se a tendência: a vida continua como a opção certa para entendermos a sobrevivência nela mesma. A vida assenta em opções. Como pode o homem testar o sabor a sal se esse mesmo sabor não estiver inserido prioritariamente na sua base de dados? Aceitar o sal e o seu sabor e só a posteriori rejeitá-lo seguido de uma simples análise, implicaria um modelo de conhecimento que o caso referido não contempla.
O que leva o homem a escolher entre o sal e o leite? A experiência? Não parece corresponder ao caso em apreço pois trata-se de uma primeira vez. Conhecimento inato? Não podemos classificá-lo assim dadas as circunstâncias da falta de desenvolvimento cerebral do homem nos primeiros dias e a falta no domínio da expressividade para entender avisos ou para os enviar, tendo em conta o caso em discussão e não de outros definidos que se realizam no próprio feto e que a medicina tem vindo a divulgar, como sejam os que referem casos de afectos.
Se se disser a um homem com idade de compreensão mínima que o leite que ele quer beber está envenenado ele, certamente evitará bebê-lo. Se dissermos a um bebé o mesmo ele não só não entende como irá bebê-lo. Não dominando o pensamento o conhecimento inato não é uma opção correcta para que a vida continue. Logo o conhecimento inato sem ser “educado” não é conhecimento positivo. Dir-se-á que tanto o adulto como a criança podem morrer ao beberem o leite envenenado. Se o homem não souber da adulteração morre. Esta questão leva-nos de volta ao princípio. O conhecimento inato o que é? O bebé não responde, porém o adulto dirá que é o conhecimento que nasce com ele. Perguntar-se-á, então, quando é que se dá conta que ele existe? Quando o homem tem consciência de si! Neste caso o conhecimento inato tem um prazo e a partir deste tem existência. Aceite-se, mas questione-se. Parece que sem consciência de si o que é inato não tem expressão. É algo subsidiário. A ideia de deus, por exemplo, é inata para alguns, isto é, deus só tem “existência” com consciência. Será uma ideia abstracta consciente. Não havendo consciência de si, a ideia de deus não cresce. Deus, como ideia, neste período, prepara-se para surgir na esperança de melhores dias. Assim sendo, dá a impressão que deus estava fechado num determinado espaço do cérebro. Creio eu. Se a ideia de deus é exterior, como alguns defendem, então esperaria pela palavra-chave (a consciência de si) para entrar. Parece estar condenada a ideia de deus a uma dicotomia: dentro ou fora. É só escolher a melhor opção. Desviamos-nos do fio condutor e perdidos como estamos vamos adiante. Pode ser que escape qualquer coisa.
Tenho na minha frente um prato com sopa. Tempero-o com duas colheres de chá com sal. Ao meu lado o meu amigo Germano Olímpico também tempera o seu prato com sopa. Coloca nele, nada mais nada menos que cinco colheres de chá com sal. Desconhecendo os malefícios da ingestão em demasia de sal, o meu amigo julga que gosto das coisas insonsas. Pergunto-lhe se há uma medida universal para tempero de sopas. Ele responde-me que não. Vejamos. O meu amigo não toma uma opção correcta de vida tendo em conta a sua própria sobrevivência.
Temo que para além da consciência de si é necessário algo mais para corrigir comportamentos. Educação/Cultura são componentes interessantes para uma opção correcta de vida. Devemos pois ajuntar o conceito – agora compósito – para prosseguirmos estes esgares de raciocínio. Existe, de facto, uma teia enorme de requisitos que modelam o homem num sentido de ser e de estar. Acumular aquisições permite uma orientação pessoal e colectiva com fins que parecem determinados a corrigir atitudes.
Fenómenos apreendidos colectivamente são por vezes contraditórios a outros fenómenos colectivos com a mesma área geográfica.
(continua)
(continuação)
PACTO DE RACIOCÍNIO – Bloco 2
A existência – tida como um movimento – no presente é um registo. Trata-se de um registo tomado pela consciência de algo. Toma lugar posteriormente ao dado (o fenómeno). Por essa razão não passa de um registo. É um registo passado. Não pode ser de outro modo. Uma paragem sobre o registo relega este para o não real ou aquilo que já foi, na medida em que o movimento é um dado universal, o que é confirmado pela observação. Nada está parado em relação a coisa nenhuma. Basta pensar que o tempo não pára para o observador humano. O movimento não pode ser captado no sentido de segurado. O movimento só pode ser entendido e, claro, registado como tal.
Para o ser humano só o futuro – aquilo que passará (há-de passar) é aceitável como movimento. O registado não é movimento, é uma relação do movimento: uma cópia do que foi.
O homem pode especular sobre o registo (registado) tanto quanto o pode fazer com o futuro. E, neste caso, só pode tratar-se de previsões.
A especulação sobre um registo está sujeita ao ângulo de visão de cada um. Daí ser variável. Prever o futuro será, pois, mais rigoroso. É que aqui se pode encontrar uma confirmação aquando do registo ou uma negação. Assim, se a especulação sobre o registo permite uma multidão de opções interpretativas, o futuro facilita a compreensão das coisas até que se lhe questione a validade. Entenda-se que a compreensão das coisas é uma construção a ser realizada ou que pode vir a ser realizada.
Até hoje não existe uma validade universal de qualquer registo se o compararmos com o que o rodeia. “Deus não joga aos dados”: como se enganou Einstein. Os dados até pararem são o futuro. Quando param os dados – em relação a qualquer coisa – são mais um registo aglutinador de confusões, para nós, humanos, claro está!
(continua)
mmb

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