manuelmelobento

Carta de José Augusto da Silva.
Toda a carta tem resposta. Toda a que é assinada, claro!
Meu caro Senhor José Augusto da Silva
No essencial, estou de acordo com o que escreve. As pessoas que se dedicam à causa pública estão sujeitas à critica. Se na sua opinião sou também considerado imbecil, o que é que quer que eu lhe faça? Escrevo livros que ninguém lê, é uma imprecisão sua. Então, eu não os leio! Confesso, também, que às vezes não percebo lá muito bem o que escrevo. Veja como tem razão! O senhor tem dificuldade em viver na democracia! Não está sozinho! Há mais quem seja assim. Eu ia dizer imbecis. Mas isso era tornar-me um seu igual. Coisa, que por enquanto, não aspiro. Eu não falei mal do padre, porque não tenho elementos para tal. E esses elementos teriam de ser relacionados com o museu em causa. O senhor interpretou mal o texto irónico. Escreverei a falar mal tão depressa veja algo que seja incorrecto. Quanto à drª. Natália, eu só disse o que me parecia ser o que ela escreve de há uns tempos a esta parte. Que, ambos, a partir de agora vão ser observados com minúcia, não tenha dúvidas. E, eu não acredito que o Museu Carlos Machado vá ficar na mesma. Senão, era cá uma barraca de todo o tamanho. Não se pode brincar com a res publica. Numa sociedade de cobardes e de servíveis, o hábito é calar e falar mal por detrás. E, muitas vezes, confunde-se humor crítico com a maledicência. Como deve ter reparado eu não me escondo por detrás de nenhum pseudónimo. Coisa que poderia fazer facilmente. Tenha um bom fim de tarde, se for caso disso.
Passe bem!
Manuel Melo Bento
2/02/2006