Thursday, April 20, 2006

 

.A QUADRATURA DO CÍRCULO PARIU TRÊS RECTOS E UM DÂMASO SALSEDE

Comentário sobre comentadores... Não fosse a importância do que disseram pessoas coladas ou já descoladas dos dinheiros do Estado e a coisa ficava por aí. Não se pode deixar passar em claro que "uma espécie de reserva moral e política" do Portugal de hoje, como seja o senhor Pacheco Pereira venha defender o golpe dos deputados na Assembleia da República. Isto é, os deputados da Nação assinavam o livro de presença e depois ponham-se na alheta. Para além de receberem pelo que não trabalhavam, também prestavam falsas declarações. Trata-se de um crime em forma continuada, pois já não é a primeira vez que "alguns" deles o fazem descaradamente. Ainda me lembro de ver a foto do ex-candidato a Presidente da República Francisco Louçâ a tentar apanhar um táxi numa sexta-feira de manhâ... Depois disso,tudo pode acontecer. Trata-se de um outro que também queria moralizar o Estado... Porém, não é isso que está em questão. Nós sabemos o que aconteceu com as viagens dos deputados, das mulheres e das amantes. Foram milhares de contos de falcatruas. Só um é que foi preso... Mas também não é isso que está em causa. O que está em causa é o modelo de pessoas que acabam por não ser modelo nenhum. Por exemplo, lembro-me de (nas vésperas de Jorge Sampaio viajar para o estrangeiro acompanhado de uma copiosa escolta que lesava o Estado em milhões de escudos na passeata) aparecer na comunicação social um peditório nacional para tentar salvar a vida a uma criança portuguesa que necessitava de ser operada em Londres. Não havia dinheiro para estas coisas, logo toca a pedir de mão estendida. O que é que se passa na cabeça de um chefe se Estado quando deixa atrás de si miséria e vai refastelar-se nos trópicos? Não se passa nada. Hoje, sujestionado por um anúncio num jornal, apercebi-me que podia encomendar uma refeição através do telefone. "Tá lá?" "Sim" "Eu queria" "Hoje a pessoa que faz a distribuição não veio"... Eu fiquei com a impressão que tinha que pedir desculpa por ter incomodado. Afinal, quem é que vai dar o exemplo, neste enclave espanhol? O eng. Sócrates que ainda é primeiro-ministro proíbiu os jornalistas de fazerem perguntas sobre os deputados faltosos. Ele estava numa festa do PS, não podia ser incomodado. Pacheco Pereira não mediu o que disse. Defender falcatruas justificando com o tipo de prestação de serviço? Ficou a ideia de também ter feito o mesmo. Quem é que vai moralizar o país? Pacheco Pereira teria de condenar o crime, pois de um crime se trata. E de retractar-se pelo facto de ter feito o mesmo se foi o caso. Quem antes fumava, hoje, depois da lavagem cerebral que os europeus nos estão fazendo sabe que comete um crime contra a saúde pública ao puxar de um cigarro em recintos fechados. Tem de assumir! E crime é crime. Lobo Xavier que eu julgava ser um homem íntegro como comentador acabou por defender mais ou menos directamente as falcatruas dos deputados. Como é possível? Seria para ficar bem na fotografia, lavando situações menos correctas passadas com ele? Como castigo, deviam os deputados devolver o dinheiro recebido, pois assim se cumpria a lei. Também, em relação aos comentadores, deviam estes devolver o dinheiro que receberam por estarem a fazer defesa de ilegalidades. Quanto ao comentarista socialista Coelho. Bem, um tipo que veio da província com uma mão atrás da outra cantando ódio aos capitalistas e aos proprietários, que se meteu na política tendo sido deputado mais tempo do que higienicamente é necessário e hoje é um dos ricos empresários portugueses não merece uma linha sobre ele. Ainda o estou a ver na última campanha a berrar contra os ricos... O que é que poderia defender este exemplar socialista? A minha avó Angelina dizia-me sempre que me via cumprimentar certo tipo de gentinha: não esquecer lavar sempre as mãos, meu querido neto. O jornalista que faz de moderador tem cara de boa pessoa. A princípio comparei-o com o Dâmaso Sals(c)ede. Agora percebo. Deixou-os falar e eles morreram pela boca. Eixo do Mal e Língua Afiada formam também quartetos de bota palavra. Em relação ao primeiro vou indicar-lhes um livro de João Pedro George, cujo título é: "Não é Fácil Dizer Bem", onde a pags. 134 começa a sua maior epopeia crítica. Isto é, reproduz simlesmente o que aquleles crânios disseram quando convidaram a pública figura M. Filomena Mónica para um dos seus programas. A edição é da "Tinta da China", lª.Edição. Já há muito que eu não gritava tanto. Quanto à Língua Afiada devo dizer que o último programa me satisfez. Não a cem por cento, claro! O assunto que levantaram acerca das verbas gastas no desporto da região é um assunto muito perigoso. Em vez de "acusarem" devem apresentar os custos de manutenção de centenas de situações. Transportes aéreos, treinadores, atletas, rendas de instalações, moradias, compras e vendas de jogadores, passes, cartões, água e luz, cartões de crédito. Estrangeiros. Pagamentos a clínicas externas à Região. Todas as modalidades. O quanto recebem os seus dirigentes. Viaturas distribuídas, combustíveis. Descriminação das ajudas de custo (que grande petisco). Contratos com patrocinadores assinados e por assinar. Incumprimentos das partes. Indemnizações. Tribunais, custas judiciais, advogados. Bem, isto é só por hoje. Devoluções de dinheiros a mais recebidos... Enfim, a mais rica Direcção Regional que por cá temos tem de prestar contas. O Nuno Barata que pôs a boca no trombone e já foi deputado sabe como é que se pode entrar por aí adentro. Se tudo estiver nos conformes para quê tribunais...
Manuel Melo Bento
Quinta-feira
20/04/2006
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