Monday, April 17, 2006

 

VASCO DA GAMA - MELHOR DO QUE RUMSFELD

Os grandes mitos portugueses que constituíam a História de Portugal foram postos de lado, como se fizessem parte de uma ofensa e provocação aos ventos modernos que o marxismo-leninismo-maoísmo trouxera com o chamado "25 de Abril". Desapareceram do nosso palco as carrancas dos políticos tradicionais, e ao mesmo tempo, as faces bonacheironas dos chefes religiosos , que com eles estavam coligados , deram lugar ao modelo sisudo à democrata de leste do Cardeal António Ribeiro, já falecido. Os portugueses viram aparecer por tudo quanto era parede e palco: o cheirosa, o padrinho e o chinoca. Os três pilares do novo raciocínio lusitano vieram com charanga e partiram como chegaram. Porém, semearam uma série de linhas de comportamento que foram adoptadas em todas as actividades do Estado. No Ensino, por exemplo, cheguei a ver em compêndios a descrição da viagem de Vasco da Gama à India como se tratasse de uma viagem de um pirata inglês. Dizia o compêndio que Vasco da Gama ao interceptar um pequeno barco muçulmano entre Melinde e Calecute mandou afundá-lo. Nele seguiam seiscentas mulheres com os respectivos filhos. O motivo era óbvio: esconder o facto de os portugueses terem chegado à fabulosa Índia. A Índia era maioritariamente muçulmana... Vou dar um salto à frente e vou transcrever um texto de Olviveira Marques antigo opositor ao regime salazarento. Diz ele na "sua" História de Portugal" da Palas Editora: "Os Portugueses tinham chegado à Índia com o principal objectivo de conseguir especiarias e outra mercadoria lucrativa. Apresentavam-se também como cruzados em luta permanente com o Islam. Depressa se deram conta de que, para obter o controle das fontes da especiaria e do comércio no oceano Índico, precisavam de destruir a rede antiquíssima dos mercadores e das feitorias muçulmanas. Para mais, vinham achar o islamismo como uma das principais religiões de toda a costa asiática. Nestes termos, especiaria e guerra teriam de estar sempre juntas, e quaisquer finalidades pacíficas que a princípio tivessem, cedo haveriam de se converter em política de agressão estratégica, destruição radical e conquista final." Nos nossos dias, pouco mudou no que diz respeito às estratégias e às finalidades. A História é feita por homens. Moralizar é mentir! Este mesmo prof. Oliveira Marques, no auge do histerismo europeísta, declarou na estação televisiva do Estado, há não muito tempo, que isso de nacionalismo português pertencia ao passado. O futuro era a Europa como nação. Para um professor catedrático de História não está mal não senhor. O que pretendo com este texto? Nada de especial! Foram-se os Vascos, os Corteses ( só numa tarde matou dois mil íncas ) e vieram outros muito mais sedentos de sangue, perdão especiarias: Rumsfeld, Bush, o Tony da Rainha, etc. Mas que sorte têm os islamitas em terem sempre tudo que o mundo civilizado deseja! Por que será que o senhor Dom Papa XVI não condena os que querem transformar o planeta Terra em mais um cometa sem cauda? Também gosta da pimenta?
Manuel Melo Bento
Segunda-feira
17/04/2006
PARA AMANHÃ: A IDEIA QUE FAÇO DO PROF. DR. LUIZ FAGUNDES DUARTE (NOSSO DEPUTADO ULTRAMARINO)

Comments:
Não sei se sabe mas na Arábia Saudita, os feitos de Vasco da Gama são atribuídos a um piloto árabe. É o que se ensina nas escolas.
 
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