Wednesday, May 03, 2006

 

"CROQUISITANDO" PSD/AUTÁRQUICAS E Cª. - V

Atrás das minhas ideias seguirão as minhas palavras. Acordei estremunhado com esta frase na torre de controlo. Que susto! Se por acaso ela é uma forma plagiada (não sei), peço desculpa. Se é mais uma das minhas parvoíces que fique assim, nem que com ela eu ponha em causa as sensibilidades da Filosofia da Linguagem... ou os "deleuzianos" do sector... Para as câmaras, no antigamente, iam pessoas da máxima confiança do regime. Para as autarquias, nos dias de hoje, vão pessoas que garantam (possivelmente) uma vitória nas urnas aos partidos. Às vezes, não interessa saber se são ou não parceiros ideológicos. Quando em alguns concelhos faltam personalidades toca a tapar buracos com figurões de fachada ... Daí que tenham surgido alguns casos bicudos quando estes alcançam o pelouro e se despegam do ordenamento dos gabinetes políticos a eles afectos. Também, quando os que já não servem os desígnios dos chefes se revoltam, ei-los a mudar de partido ou a concorrerem em listas isoladas e apoiadas por munícipes por eles conquistados aquando dos seus consulados. Há câmaras que são tão importantes, como qualquer ministério ou até mais. Há quem saia de um governo camarário para alcandorar-se a lugares cimeiros de governação e vice-versa. Nos Açores, numa bitola mais adequada à escassez territorial, também tem acontecido este cenário. No PSD, que me lembre, Manuel Arruda ou saíu do governo e foi para a Câmara de Ponta Delgada ou vice-versa. Recordo, também, Costa Santos que saltou da mesma Câmara para uma secretaria regional. A do Comércio e Indústria? Rui Gomes dos Santos também fez o mesmo caminho. Da Câmara para o governo (das Finanças ?). Em 1977, creio eu. Nos últimos tempos, Berta Cabral chegou à Câmara com um percurso protagonizado pela passagem de uma empresa pública e pelo governo. Com excepção de Costa Santos, todos eles foram ou são figuras gradas da política regional. Em termos de personalidade e de liderança política, Berta Cabral, mercê de uma maior propensão para interpretar a causa pública para aquilo que deve ser direccionada, foi aquela cujo nome conseguiu, por isso mesmo, ultrapassar as fronteiras de concelho que dirige. No Partido Socialista, um fenómeno parecido, com aquilo que atrás relativisei no que diz respeito a andanças do governo para as autarquias, é o que acontece com Ricardo Silva. Que tudo leva a crer está empenhado a relançar o concelho da Ribeira Grande para um lugar de destaque. E, paralelamente, criar nome para poder regressar em grande para os espaços vazios que o PS/César está a criar por causa da longa permanência no poder. Vasco Cordeiro é uma das vítimas recentes deste jogo político. Apagando fogos socialistas acabou por afogar-se na própria salvação. Já foi apontado como sendo o delfim. Foi degradante vê-lo ao lado de um defunto político - refiro-me a Alzira Silva - para conseguir impor um César indisponível a remodulações. Uma espécie de Marcelo Caetano quando fingia remodelar, mudando este cadáver para aquela tumba e vice-versa, até à salgueirada final. Remodular nunca! Remendar sim! (Continua)
Manuel Melo Bento
Quarta-feira
03/04/2006

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