Sunday, May 14, 2006

 

DOUTORA FALSÁRIA


DOUTORA - FALSÁRIA A TEMPO INTEIRO
Descobri anteontem que o folheto intitulado "LITÓSOFA E ACADEMIA DE MORTOS" não tem como autor Téon J. de Oisia, mas sim Ana Mathias da Costa, uma intrujona diplomada, que utilizando meios pouco ortodoxos, pôs-se a fazer de tradutora e de prefaciadora de um texto de sua inteira criação. Para quê? Para lançar-se no mundo da literatura através de um pseudónimo? Se pegasse, descobir-se-ia um crânio de excepção? Caso contrário ficava tudo no caixote dos esquecimentos. Fez-se passar por uma procuradora de um morto. A Editora A.T.JO, criada a muito custo e com a finalidade de divulgar textos originais de autores desconhecidos e descomprometidos com qualquer espécie de influências de culturas oficiais, na pessoa de um dos seus colaboradores, desmascara publicamente Ana Mathias da Costa. A sua passagem pela Caloura é desmentida por pessoas de quem afirmou ter sido hóspede. Téon Oisia nunca existiu, portanto nunca esteve nos Açores. Quem duvidar que pergunte ao SEF. A A.T.JO não merecia ser manipulada e gozada. A literatura é uma coisa para gente "crescida". Não vivemos no tempo da perseguição aos Pensadores e homens de Cultura. Qual era o problema de termos sido informados acerca da verdadeira identidade do autor? Fugir a responsabilidades do foro judicial? Que outros se dispusessem a pagar as culpas de um possível futuro desaforo? Medo de uma crítica que se estava a preparar julgando-a bastante demolidora?
Manuel Melo Bento - colaborador da A.T.JO e responsável por este texto.
Domingo
14/06/2006

Comments:
Comprei esse livro por ter sido posto à venda por si. Preocupa-me mais a falta de interesse que a mentira em si. A falta de verdade, afinal, é uma das mais potentes armas da imaginação, não é?
 
Será que a verdade sofre com a imaginação? Que contributo dará a imaginação à verdade? Vou citar-lhe o que li em Pitigrilli a que recorro por vezes, mas não de memória. Escrevia ele que Rousseau teria dito "J´aime mieux être un homme à paradoxes, qu´un homme à préjugés..."(1) Ele,Pitigrilli, dizia que o paradoxo não era a caricatura da verdade, "mas quando muito - a caricatura do retrato convencional da verdade." E F. Pessoa? Se quiser, reembolsá-la-ei.
Respeitosa e literariamente o quanto possível,
sou
Manuel Melo Bento
(1)"a decadência do paradoxo"
Ed. Minerva
Liboa
 
Está perdoado se me arranjar um exemplar do seu último livro - na livraria Gil já esgotou e não costumo ir para os lados do clipper....
 
Certamente e com muito gosto.
MMB
 
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