Monday, May 01, 2006
PSD - "CROQUIS" III (CONTINUAÇÃO)
Com Portugal "encravolhado" (refiro-me à Revolução dos Cravos que só trouxe ao país o fim da Guerra Colonial - ainda bem - e a liberdade de imprensa, passados dois ou três anos que foram sobre a data da foto de uma criança de dois anitos a meter no buraco do cano de uma espingarda um cravo vermelho. Ou fê-lo a mando do papai ou era na altura um protegido/vítima da Casa Pia.) o que mais se ouvia era: a terra a quem a trabalha, fascistas prò xadrez, o povo é quem mais ordena, paz, pão, (saúde/trabalho não?) e liberdade, etc. Só no bairro onde eu vivia - Campo de Ourique - havia cerca de oitocentas casas desabitadas e que foram ocupadas, digamos com uma certa civilidade... pois não houve berraria. E se a houve era uns decíbeis mais abaixo do que aquela que os micaleses de fila fazem aos fins de semana nas ruas de Ponta Delgada. Penso que estes berros/urros até metem medo aos agentes da PSP/Ponta Delgada, pois nunca aparecem aquando dos distúrbios nocturnos e sistemáticos. Os Açores/Portugal Aqui também estiveram sujeitos à mesma sanha "esquerdista" que como uma mancha avassaladora tomava conta de tudo. Só que em São Miguel não era assim tão fácil. Os micaelenses são muito pouco delicados e juntos tornam-se ferozes. Eu assisti em Ponta Delgada à "queima das sedes" num célebre Verão, quando estive cá de férias. Fiquei com o rabo apertado para não dizer outra coisa menos própria (estou muito anti-pachecal - leiam "Diário Remendado"). A onda até atacou o PSD de Portugal, pois assistiu-se à entrega das terras dos senhores a camponeses pelo Sá Carneiro. Foi de gritos! A tropa, toda ela, usava guedelha grande e barbas à Che: Oficiais, sargentos e praças. Não se lavavam, porque isso era demasiado burguês. Portugal!!! E quando eles foram ensinar a ler e a pensar à esquerda ao Zé Povinho... coisas do teatro popular! Se não fosse a Igreja intervir, hoje em dia, São José era comunista e Cristo socialista. São José era uma espécie de micaelense pois era trabalhador (marceneiro) e Cristo terceirense (intelectual) falava bem e pensava melhor. Nas ilhas de baixo, a terra tinha uma outra "disposição". Cada um tinha o seu bocadito. Em São Miguel? Nada disso! Tanto que assim era (é) que o símbolo da esquerda micaelense era nem mais nem menos latifundiário... É o entregas a terra a quem a trabalha! Mas, cuidado, o PPDA (mais tarde PSD-A) estava atento aos ventos da revolução. Não é que a social-democracia nos Açores preparava-se para planificar a economia... A social-democracia é um ramo do comunismo. Só que bissexual/ideológico. Portanto, Portugal e adjacências iam dar uma lição ao mundo. Não se pensava na altura na Europa à Mário Soares. Não era fácil não senhor tirar as terras aos ricos sobretudo em São Miguel. O açoriano (micaelense prioritariamente) campónio, beato e temente a Deus vivia o sonho americano: ter, possuir, mostrar, fazer inveja, arrotar, etc. Podem emigrar, certamente! Também queremos ter terras e casas! Não queremos que nos tirem. A padralhada ajudava à reacção. O povo nas ruas queria libertar-se dos comunistas. Álvaro Cunhal comia criancinhas ao pequeno almoço. Safa! Pior do que isso, não acreditava no Deus protector de almas, de corpos e da propriedade privada. Salvo seja! O Senhor Santo Cristo ali tão perto a dar o seu testemunho. Tantos anos de rezas, procissões, oferendas. Os ouros do Senhor ali à mão de semear. Cuidado! Os hereges são capazes de tudo. Pegaram-se com Deus. Salvaram-se! Vivam os padres! Os ricos, os semi-ricos e pequenos proprietários uniram-se. Tipo sindicato dos poderosos. Abençoados uns, santificados outros. Quem melhor para governar? Evidentemente estes! Agora é preciso retroceder. Não é por aqui que vamos alcançar o poder. Mota Amaral e o seu grupo de fiéis dele e da Santa Madre Igreja mudam de estratégia. Uniram-se aos que não podiam vencer. Havia que esperar pelas eleições. Vamos dar-lhes uma lição. E deram! A Frente de Libertação dos Açores (São Miguel, claro) FLA era quem mandava nas ruas. Era preciso utilizá-la. Os fundadores do PPDA uniram os seus esforços políticos aos poderosos. Não só eram poderosos como metiam medo. O grupo e Mota Amaral têm de jogar cá e lá (Portugal). E fazem-no bem. Cá eram tipo FLA. Lá eram jurando o que fosse preciso. Eleições. Assembleia "Legislativa", Governo Regional, Aurarquias. Ei-los no poder. Ah! E agora? Regionalizações/nacionalizações. O quê para abocanhar? Tudo o que pudesse cair nas mãos de uma economia planificada. Bensaúde e Nicolau Sousa Lima? Nada! Aqui, não tocas! Contrapartidas? Fatias do bolo! OK, chefe. Tudo a falir no que dizia respeito à iniciativa privada, menos estes dois grandes senhores da economia açoriana. Até da FLA eram simpatizantes. Tinham os seus esbirros na organização? Claro! Assim, Banca, Seguros, Fábricas de Tabaco, Cerveja, Álcool, Eda, etc., foram entregues ao governo social-democrata. A privada saltou para a agro-pecuária. Eram nove mil pequenas a grandes casas. Toca a dar a estes o que eles queriam. O seu peso político era enorme. Criaram-se tantos departamentos estado/regionais quanto de mão-de-obra desempregada e sem futuro a não ser na América, Canadá e Bermudas. O Céu desceu sobre os Açores. Quem foi o demiurgo? Mota Amaral e os amaralistas. E agora? O que resta fazer? A Revolução Cultural nas barbas da direita açoriana estúpida e democrata (?) à força. Os senhores e os doutores da praça (velha) política foram substituídos por empregaditos de escritório e quejandos. A História está cheia de exemplos póst-revolucionários. Dom João I, filho ilegítimo de Dom Pedro e de uma mulher do povo (de má ou boa nota? Não sei. No tempo do Estado Novo e da padralhada cerejeirista não podia ser madrinha em nenhum baptizado...) , criou uma nova nobreza. Esta nobreza era chamada de "nobreza da merda" pelos antigos senhores. Dom João I enriqueceu todos os seus correligionários. A Revolução Francesa, quatro séculos depois pariu o imperialista Napoleão, que fez príncipes e princesas na sua própria casa. E a alguns amigos e companheiros de aventuras atribuiu-lhes títulos nobiliárquicos, que pertenciam à velha nobreza gálica, terras e "luízes de ouro". Estão vendo? Ou sou eu só que que tenho os livros dessa malta. Por hoje, é tudo. Amanhã, continua. E quanto ao PSDA de autárquicas? Por enquanto nada.
Manuel Melo Bento
Segunda-feira, dia de São José operário e do aniversário do "Correio dos Açores", onde pela mão de Jorge do Nascimento Cabral me estreei nas crónicas do fala bem hoje que amanhã não sei, já lá vão 25 anos. Parabéns!
01/04/2006
Comments:
<< Home
2016-07-22keyun
michael kors outlet online
basketball shoes
oakley sunglasses outlet
louis vuitton outlet
celine handbags
toms shoes outlet online
nike sb dunks
michael kors outlet
beats by dre outlet
oakley vault
christian louboutin shoes
air jordan shoes
jordan 3s
true religion outlet store
longchamp handbags
coach factory outlet
coach outlet
louis vuitton bags
gucci handbags
coach outlet online
nike running shoes
coach outlet store
true religion jeans
michael kors outlet online
nike sb janoski
michael kors outlet
reb christian louboutin
hermes bags
ray ban sunglasses outlet
retro jordans 13
ralph lauren
tory burch flats
adidas running shoes
coach outlet online
ralph lauren outlet
hollister clothing store
nike air max uk
celine outlet
coach outlet online
Post a Comment
michael kors outlet online
basketball shoes
oakley sunglasses outlet
louis vuitton outlet
celine handbags
toms shoes outlet online
nike sb dunks
michael kors outlet
beats by dre outlet
oakley vault
christian louboutin shoes
air jordan shoes
jordan 3s
true religion outlet store
longchamp handbags
coach factory outlet
coach outlet
louis vuitton bags
gucci handbags
coach outlet online
nike running shoes
coach outlet store
true religion jeans
michael kors outlet online
nike sb janoski
michael kors outlet
reb christian louboutin
hermes bags
ray ban sunglasses outlet
retro jordans 13
ralph lauren
tory burch flats
adidas running shoes
coach outlet online
ralph lauren outlet
hollister clothing store
nike air max uk
celine outlet
coach outlet online
<< Home