Friday, July 14, 2006
O IMAGINARISTA

Deste diálogo, “O Imaginarista”, escrito em 2005, fiz algumas dezenas de exemplares. Porém, só coloquei no mercado sete deles. É um texto na linha dos outros, isto é, sem rumo e sem regras de raciocínio tradicional. Sai da cabeça e pronto. Ninguém é obrigado a lê-lo, digo, mas se o lerem e o julgarem, só por este facto eu agradeço.
O IMAGINARISTA
VARETT
Afinal, quem és tu?
MANDALA
Eu sou uma das vozes do Universo!
V
Vejo-te mais como uma peça que se soltou dessa máquina maravilhosa. Tu e mais alguns que comungam das tuas estapafúrdicas ideias e que ainda por cima andam por aí à toa e à solta.
M
O Universo inflacionando ou implodindo não expulsa ninguém. Não pode. Todos nós estamos, bem ou mal, dentro dele. Se por acaso tivermos de sair dele compulsivamente é porque fomos para outro. Não há alternativa.
V
Que voz és tu afinal?
M
Facilito-te a compreensão para a questão. O Universo é uma linguagem para além de outras coisas. Dois Universos serão, certamente, duas linguagens. Estamos condenados a possuir pelo menos uma.
V
Deus pode expulsar-te de um ou mais Universos e relegar-te para parte incerta. É só Ele querer!
M
O Universo é tão rico que acolhe todo o imaginário, mesmo aquele que se julga fora dele. Para percebê-lo é forçoso transformá-lo num acto de comunicação.
V
Imaginação do incerto?
M
É preciso optar. Todo o Universo é liberdade e imaginação.
V
Explica lá o que é isso de imaginação para que não entremos em conflito de conceitos.
M
Suponhamos que o homem nada poderia interpretar para além do que lhe era dado pelos sentidos.
V
Como os animais?
M
Não nos pronunciemos sobre aquilo que ainda não dominamos. Nós temos ainda muito preconceito acerca dos nossos companheiros universais. Voltemos à nossa última questão: para além dos dados colhidos pelos sentidos nada podemos imaginar. Nada!
V
Se assim fosse, tratar-se-ia de um circuito fechado. O tacto “falaria” com o tacto, a vista com a vista.
M
Nem mais! Tudo se nos apresentaria com mais objectividade.
V
Não sei se isso seria assim tão fácil como forma de entendimento...
M
Achas que o sentido do tacto se pode confundir com o do olfacto?
V
Penso que não!
M
Assim sendo, são uma base de entendimento. Eles próprios nos “ensinam” a não fazermos confusão.
V
Isso aonde nos levará?
M
Que cada sentido é um sentido de comunicação, com regras próprias e inconfundíveis.
V
Os sentidos levam-nos muitas vezes a interpretarmos erradamente a realidade.
M
Existe uma base de certeza. O cheiro de uma pocilga não é confundível com o perfume de rosas de um jardim, por exemplo. Assim, não confundimos uma árvore com uma girafa, etc. Fazemos uma escolha determinante. Não achas isso importante?
V
Claro, para pequenas coisas.
M
São as coisas da vida. Olhar para o Sol e julgá-lo obra de um ser fantástico é um princípio de escolha com desvios. Olhar para uma girafa e confundi-la com uma árvore será certamente outro desvio. Muito da nossa vida é composta a tentar dar um sentido ao sentido. Procurar uma verdade que está sempre escondida é também um desvio, porque o que vemos ou pensamos não é verdade em si. Se o fosse não a procuraríamos.
V
Há quem procure o verdadeiro sentido de tudo. Há quem se preencha com ideais que estão fora do alcance das sensações. À quem recorra...
M
Ao imaginário! E porque não?
V
Apercebemo-nos de que algo está para além da interpretação dos sentidos pode responder aos nossos anseios.
M
Tudo o que sentimos ou entendemos não se encontra para lá do Universo. Pensa o Criador, mas pensa-O com os pés bem assentes no teu Universo. Não podes pensá-lo de outra maneira. Não se pode pensar o Universo do lado de fora dele. Isso seria incompreensível. Não há ginástica mental que suporte tal ideia.
V
Não andas tu interessado na sua compreensão?
M
Claro, mas apetrechado com todas as estratégias possíveis! Não oferecendo paternidade às que trazem confusão e pouca satisfação. Nós possuímos percepção orientada para nos mantermos vivos. Não corremos para a morte. Quando, por acaso, nos convoca para algum encontro com ela, o que fazemos é fugirmos o mais depressa possível para dela não sermos vitimados. Quem nos avisa em primeiro lugar é o sentido da vida. É o sentido do sentido do Universo. Emergimos neste, já programados para a morte, mas ao mesmo tempo esta surge calendarizada. O Universo concede-nos um crédito de vida. Que Universo mais querido!
(CONTINUA AMANHÃ, DIA 15 de JULHO/06)

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