Tuesday, July 25, 2006

 

SE O MUNDO É ISTO POR QUE RAZÃO NÂO POSSO ESCREVER ESTES VÓMITOS ACERCA DO UNIVERSO?


O IMAGINARISTA - CONTINUAÇÃO DO DIA 24 DE JULHO DE 2006

MANDALA

Não chego a tanto. Basta-me o Universo para me distrair.
VARETT
Julgo que cometes o erro de quereres humanizar o Universo. Acho que não era o que querias.
M
Se eu sou parte dele só me posso compreender no conjunto. Falar de mim isoladamente acarreta o inexplicável. Isso eu procuro não fazer. Não antropomorfizo o Universo. Só o faria se a minha postura fosse parcelar. O que eu pretendo é que o Universo fale por mim. Quando conseguir que isso aconteça far-se-á luz em mim. A luz do Universo!
V
Que ganhas com isso?
M
O começo e o fim da procura!
V
E que significado tem isso?
M
Que o Universo não se controla a si mesmo e que talvez isso seja o dilema da decifração que existe entre nós e ele. O Universo está “descontrolado” e por essa razão não domina o seu prolongamento que são os nossos sentidos que é aquilo que nós chamamos de razão ou coisa que o valha. A razão não explica tudo porque está “descontrolada” tal como o Universo. Existe um prolongado distanciamento entre as coisas, daí este compreender difícil. Este afastamento que sentimos uns dos outros reflecte-se no acto de morrer. Morremos sozinhos porque não podemos comunicar a morte. O sentido da comunicação de cada um passa para a responsabilidade do Universo. Será isto um desperdício?
V
Acabas por não resolver nada com essa tua criativa confusão. É sempre o mesmo!
M
A dificuldade é eu não estar muito inclinado a praticar a análise pela análise. Julguei que olhando de “cima” fosse capaz de me divertir.
V
O divertimento da ignorância?
M
Da ignorância assumida e sem desculpas se for caso disso. Estou muito pouco interessado em criar seja o que for , porque qualquer que seja a verdade ela não serviria para nada. Conscientemente nunca jogaria o jogo do Universo, nem de Deus acaso o considerasse uma questão verdadeira. Para mim, ninguém apresenta créditos sobre a matéria. Digo-te que se o Bem existisse não me interessaria para nada. Nem como linguagem divina nem como linguagem mista homem-Universo. Deus como invenção não passa de uma baboseira de entretenimento e socorro passageiro na ainda limitada mente humana. Tudo isto é um verdadeiro aborrecimento. Um aborrecimento universal.
V
E se enveredasses pelas coisas morais?

(Continua amanhã, dia 26 de Julho de 2006)

Posted by Picasa

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