Thursday, August 31, 2006

 

ADENDA A M&M

-Isso é impossível, embora, atrás tivesses baralhado os dados. O que me parece ser uma grande sacanice.
-Ainda bem que colocas em questão as tuas próprias respostas. Eu penso que o cérebro como substância material não pode produzir senão substância material.
-O pensamento, substância material?
-Ou um derivado de substância material.
-Se é matéria, o pensamento até pode ser aquecido. Ah! Ah! Ah! Isto está mesmo bom!
-Penso que fui claro sobre este assunto, nos vários “Cadernos do Olhar”.
-Não li. No entanto, se o pensamento é substância material deve poder ser transportado de um lado para o outro?
-Que p pensamento apresenta mobilidade não tenho dúvidas. Já é antiga a referência da corrente de consciência de W.J. Quem o transporta? Não sei! Eu nunca tal vi. Porém, os cientistas têm uma versão baseada na química cerebral muito aceitável. Antes de chegarmos a este ponto temos de entender discursivamente quais as características do pensamento. A nós basta inferi-lo do jogo intelectual. É uma espécie de deleite.
-Não há segundas intenções?
-E se as houver, qual é o problema?
-Era como se estivesse condicionado a uma esterilidade.
-Não concordo. O que descobrimos até faz sentido. O cérebro não tem capacidade de criar algo que seja imaterial. Porque se o fizesse seria o criador. O criador divino! Só a este cabe a criação da imaterialidade. Imaterialidade criada pela matéria? Agora cabe-me proferir a palavra mistério. E como esta não está no meu vocabulário, só me resta dizer que o pensamento não existe ou é uma matéria. E como tal tem de ser observada e creditada. Estou preso à materialidade da questão. Sou escravo de uma razão material que não me larga. Que lesão cerebral fui sujeito para ficar impedido de ver a espiritualidade da coisa?
-Influências de “O Erro de Descartes”? Do cognitivo incapacitado?
-É uma boa teoria. É preciso ler António Damásio. Ajuda muito a conhecer a problemática aqui discutida. É a visão da Ciência.
-O Mundo é uma ilusão e a Ciência ajuda-a a ser compreendida.
-Fiquemos por aqui. Ainda estamos no ano 2002...

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