Thursday, September 21, 2006

 

O BITEÍSTA
Continuação de 20.9.o6

VARETT
No século XVI, ora se vias! Pai, Filho e Espírito Santo. Três deuses num só.
MANDALA
Dois é o que é! E então três?
VARETT
Tu não és crente! Nada vês! E o maior cego é aquele que não quer ver.
MANDALA
As bolas eu vejo, embora lá no abstracto as confunda. Será que distingues os teus três deuses que são um só?
VARETT
Não, porque é um mistério.
MANDALA
Eu também achei um mistério saber com certeza quando a bola z é mesmo a bola z e não a y. A minha confusão é grande e estou a vê-las mesmo à minha frente abstractamente. Por que razão não as sinalizei para as poder distinguir?
VARETT
Tu és limitado! Não és deus!
MANDALA
Lá isso é verdade, mas pelo menos sou dono do absurdo. Posso servir-me dele a meu bel-prazer. Enquanto ele (deus) está a tanto impedido, pelo menos em relação a ele mesmo. Porque se um dia correr o risco de ser absurdo, será o fim dele.
VARETT
Deus não tem fim!
MANDALA
E tu qua não acabas com essa de deus não ter e não poder ser. Ele nem pode ter fim! E para mim basta. E se ele não pode, posso eu pôr um ponto-fim a esta conversa.
ADENDA
SÓCRATES
Estive a ouvi-los sentado naquela nuvem.
VARETT
Vai um copo? Eis aqui um que está vazio e que foi deixado por Alcibíades...
MANDALA
Senhor Sócrates, já agora, diga-nos o que achou desta conversa?
Continua amanhã, dia 22.9.06

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