Wednesday, November 08, 2006

 

NA SERVIDÃO DO DESEJO
Continuação
(Emírcio fecha a porta da saleta. Levanta as saias de Inocência e arrasta-a até ao sofá. Apercebe-se que ela não tem roupa interior e como um louco deita-a no chão. Ao procurar penetrá-la Inocência sente dores. Emírcio faz uma paragem recobrando a frieza do raciocínio. Põem-se ambos de pé.)
EMÍRCIO
Logo, quando voltar do velório, espera um tempo e vai ter comigo à cozinha. Às três horas, estarei lá.
INOCÊNCIA
A essa hora vai custar levantar-me da cama. Sem relógio e com o sono pesado como é que pode ser?
EMÍRCIO
Amarras um cordel ao teu pé e deixa a outra extremidade à saída do sótão que eu o puxarei até acordares. Não faças barulho para a outra não acordar. Tem cuidado!
(Emírcio beija-a novamente. Abre muito devagar a porta. Inocência sai.)
Continua

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