Sunday, December 03, 2006

 

XXXI

Conclusão

Emírcio, avisado por Inocência do que acontecera a Laura, corre para casa desvairado seguido pela criada. Em casa, Emírcio ajoelha junto à mulher. Apalpa-lhe a carótida e apercebe-se que Laura está morta. Agarra-se a ela a chorar. De repente, corre para o telefone a avisar o médico. Este quando chega apenas confirma o óbito. Laura vai a enterrar após as autoridades terem realizado a autópsia. Emírcio deu-lhes conta do sucedido. Laura fechara-se no seu quarto e por ter a mania das limpezas pusera-se a limpar os vidros das janelas. Quando saltara para cima do banco do toucador desequilibrara-se e desprotegida caíra na rua. Uma desgraça. Ninguém esperava tal desfecho. Tinha a vida pela frente. O seu enterro foi concorridíssimo. Laura tinha casado com total separação de bens. Porém, Emírcio conseguiu que ela depois da morte dos pais fizesse um testamento deixando-lhe tudo quanto herdara dos pais. Ele fizera-lhe o mesmo. Emírcio não possuía bens, apesar de ter conseguido pôr algum dinheiro de parte. Nos primeiros dias de nojo Emírcio recebeu muitas visitas que lhe iam apresentar condolências. Aos poucos recuperou o domínio da situação. Um dia apareceu a mulher do Carroça. Vinha à procura da filha a pedido do namorado. Inocência partiu para sempre. Emírcio nem se despediu dela. Aurora continuou a servir Emírcio. Não tinha outra saída. Seis meses depois, Emírcio casava com uma prima de Márcia mulher do senhor Souza. A sociedade micaelense abriu-lhe os salões. Emírcio arranjou primos e primas. É hoje, o que se pode chamar, um realizado. Um dia quando se dirigia ao Clube social pareceu-lhe ouvir uma voz a chamá-lo. “Olá primo!” Ainda se voltou para trás para corresponder ao cumprimento, mas não viu ninguém...
FIM
 Posted by Picasa

Comments: Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?