Monday, February 05, 2007

 



A todas as mulheres que foram e são vítimas da desigualdade

Tu és a comoção viva do Universo de muitos abrigos.
Saudade composta de palavras roídas e exaustas que
regressam de muitos lugares que de mim também foram.

Retomo-te no ser que és
resposta efémera do gesto do tempo perdido
que no antes movendo-se compõe o perfil olhado de frente sentido.

Que marés questionam desejos que se desgastam
enrolados nos cabelos voando em manhãs de sempre calmas.

Por que te tenho em forma de fumo subido
travando a ruga da última viagem?

Que mais tirar do que julgaste dar que para tanto
receber de nada serviu?

Ficaste para sempre espelho de nada
recordação
vaga sensação do prazer
rasto de uma consulta de saberes acumulados na já cheia tábua
de olhares curiosos
filha de anseios domesticados
que para tanto absurdo
me ficaste…
mmb













Comments:
Message to the author: you said it so well. Are you a writer? Just curious to know as a friend of mine sent me this web site and I had no idea what this is all about. All I know is your middle name sounds familiar and we might be cousins.........but does writing running run in my family?

Marival de Melo in California
 
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