Wednesday, March 21, 2007

 



COM TODO O POUCO RESPEITO

O SERVIÇO PÚBLICO: ESSA PROSTITUTA DE TRAZER POR CASA OU DE ENTRAR EM CASA


Entremos no espírito da coisa para podermos dar ao jeito a logorreia do costume. Estamos perante um fenómeno interessante: aumentou o número de escolas de vários níveis de ensino e o povo português continua a ser o mais atrasado e individualista da UE. Eu não estou a inventar, pois quando o faço confesso. Para que serviu o grande investimento na Educação? À partida serviu para o Estado albergar a maioria da fornada dos crânios que saem constantemente das “altas casas de instrução” com diplomas de promoção social. Alguns desses diplomas também serviram para enfeitar por esse país fora as vagas do “serviço político”. Veja-se a quantidade de diplomados que ocupam cargos para os quais os seus diplomas nem sequer servem para pregar na parede (por falta de espaço, claro!). A iniciativa privada recolheu alguns (poucos) para o seu serviço com certificados e provas dadas, convém dizer. Note-se que a iniciativa privada em Portugal não está vocacionada para a produção. Portugal é um país de serviços e de expedientes. Veja-se o exemplo de Belmiro de Azevedo, o homem mais rico de Portugal. As suas empresas não estão vocacionadas para produzir, mas para distribuir e vender o que o estrangeiro cria. A ideia mater entre nós está eivada de olhar o macaco para imitar o macaco. Nem uma reles telenovela ou concurso se cria com o cunho nacional. Uma corja de patetas, que se encontram nos lugares-chave, só tem em mente uma coisa: importar! Importam ideias e outras merdas e depois vendem-nas como produto genuíno lusitano. Mas são os mesmos que mandam perseguir e multar nas feiras os ciganos porque vendem produtos contrafeitos. Esses imbecis vivem do mesmo que os comerciantes ciganos. Falsificam tudo, mas não deixam ninguém mais comer. Uma parte da cambada dos imbecis que estão a transformar o país num entreposto (a ideia já vem de longe quando ao longo da costa africana criámos “casas do escravo” para os comprar por escudo e meio e vendê-los depois a bom preço) deu provas da sua existência no programa da cada vez mais retocada Fátima Campos Ferreira e que dá pelo nome de “Prós e Contras”. Diga-se de passagem que tanta a Fatinha quanto os seus convidados escolhidos a dedo sabem falar e convencer os papalvos. São uma espécie de vendedores de banha da cobra com altos estudos o que faz disfarçar o estilo. São os doutores da banha da cobra. O Presidente da RTP, que já não é a primeira vez que é chamado a capítulo, procurou dar a entender que a trampa da RTP era considerada um serviço público. E fê-lo com tanta convicção quanto o reitor do Santuário de Fátima ao explicar que a professora de bata branca que subiu a uma oliveira para fazer sinais era nem mais nem menos que a Nossa Senhora. Serviço público andar à cata de anunciantes de produtos que fazem mal à saúde??? Que são verdadeiros venenos como o é a cerveja que publicitam e que não contém o malte genuíno, ao ponto de ser proibida a sua venda em países civilizados!!! Estamos entregues aos” banha-da-cobra” excelentemente pagos com o nosso rico dinheirinho. O Serviço Público é um momento alto da civilização. Serviço Público tem de ser prestado em toda a parte. No comércio, na indústria, na escola, no hospital, na cadeia, na loja da esquina, na polícia, nas Forças Armadas, etc. Só que quando é prestado pelos organismos do Estado de Direito não pode ser tomado com perspectiva de lucro. Esse é que é o escândalo! É tornar o Serviço Público privado, seu chapa…
manuelmelobento

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