Friday, March 02, 2007

 
Na minha infância
apregoaram-me a estampilha
do Bode Velho.
E de medos numa comédia de ritos
em tempo de preparo
para todas as despedidas
me cooptaram.
E de cúmplice ajoelhei!
Saído à pressa nos santificados
dos lençóis
temperados pelo suor
dos sonhos de criança
fui
pelos templos desse templo
tropeçando nos olhares dos altares
onde os sabidos das íntimas ingerências
embaixadores credenciados ad hoc
para as colheitas dos sacrifícios
no trono milenário
pedra de ara de patuscadas verbais
e de ladaínhas indecifráveis
levado.
E na Fonte Velha
que pinga os mitos e as simbólicas adivinhas
num raro jogo de morte montada
pelos corifeus
quebrei a taça cheia de toda esta compilada
colecção de alçapões
que fazem do tacto, do cheiro e da visão
o sábio de todos os erros.
E foi no mapa dos cacos dos seres espalhados
meu guia na fuga ao Bode Velho
o encontrei entretido
no prado da ignorância
que escapei do êxtase
e do embalsamento eterno
menuelmelobento

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