Thursday, March 29, 2007

 




QUAL A LEGITIMIDADE DO 25 DE ABRIL? (a)


Com uma simples brincadeira levada a cabo pela merdia RTP (copiada de ingleses e outros que tais), os portugueses (correndo o risco de serem identificados, o que não acontece nos actos eleitorais em que o voto é secreto) aproveitaram para votar em Salazar. Traduzindo em votos verdadeiros esta espécie de teste, inferiríamos que se um putativo partido político fosse formado actualmente por Salazar (vivo), à imagem do que fizeram Sá Carneiro, Pinto Balsemão e outros (CDS-PDC-PS-PCP-MDP/CDE), este velho “ditador-de-sacristia”, tão odiado por uns mas amado por muitos mais, vencê-los-ia a todos. E teríamos à porta de casa a Mocidade Portuguesa (já anda nas ruas, porém, sem farda), a Legião (toda infiltrada, nos dias de hoje, na Legião de Maria), a PIDE, hoje substituída pela PJ (pelo menos foi o que disse frente às câmaras dos merdia um implicado no caso da Universidade Independente). Quanto à GNR, PSP e PM (marítima) são as mesmas. Foi o 25 de Abril alguma vez a votos? Não, porque perderia em toda a linha. Ainda há pouco, a malta de esquerda votou no SIM/IVG. Onde estava quando tudo se cooptava para elevar o bom ditador ao título de o maior português de sempre? Esta “esquerda” portuguesa não se faz parva quando se trata de arrumar a casa contra o povo e a favor do grande capital – aquele que traz a paz social à custa da repressão. A esquerda caviar (como li hoje no reaccionário José Manuel Fernandes) está toda ela parecida com a antiga direita do Estado Novo. Até o imbecil do Durão Barroso se parece com Salazar já velhinho. Quer dizer, para não levar esta lenga-lenga muito comprida, que a maioria dos portugueses é por uma ditadura acolitada pela Igreja de Roma. E que o seu “Duce” pacífico seja o mais parecido com António de Oliveira Salazar – Salazar por parte da mãe. É óbvio que não agrada aos políticos instalados nas actuais mordomias que o velho (honesto) venha governar novamente (salvo seja). Alguns intelectuais (que até os há) vieram desvalorizar a “brincadeira” que a Miss Maria Elisa trouxe de Londres quando Freitas do Amaral a expulsou com uma comenda qualquer – da Liberdade? Fizeram-no porque querem limpar-se perante o povo que já está a conhecê-los melhor pelo cheiro que exalam. Se em vez de colocar o Salazar a votos se fizesse uma votação tipo referendo sobre o 25 de Abril, estou em crer que o povo português o julgaria e bem. Ora Sócrates manda apertar em todas as partes (com excepções, claro). Que acontece? Começa a desenhar-se um apoio quase geral às suas medidas socialmente injustas. Isto só se explica pelo treino do silêncio, da miséria e de alguma fome que Mr. Salazar impôs durante 48 anos. Que Deus abençoe Salazar. Que Deus abençoe este povo. Que Deus abençoe o nosso Patriarca, o Chefe de Estado, o Presidente da Assembleia da República, Bush e os americanos. Vou parar por aqui pois vou acrescentar a esta prece umas tantas Glórias e Padres Nossos na minha costumada oração, ajoelhado à beira da cama. Ah, esquecia-me de Bento XVI. Também merece.
(a) – Também devia ir a votos pela mão da Miss Maria Elisa para ser legitimado.
manuelmelobento



Comments:
Nisto de moral já nao creio.Afinal sempre houve assassinos heróis da história- é tudo uma questão de gosto...
 
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