Wednesday, May 02, 2007

 


A CORRUPÇÃO É UMA DOENÇA CRÓNICA

Com a queda do executivo camarário de Lisboa levanta-se novamente a questão da seriedade em política. Um negócio, dois negócios e estão os responsáveis pelos pelouros dos mesmos na boca dos jornais como se de corruptos se tratassem. Quantos escaparam a esta sina? Muito poucos! Torna-se, pois, evidente que os que são julgados na praça pública ficam manchados pela vida fora. A culpa de quem é? De quem procura corromper ou de quem se deixa corromper? Penso que é o modo processual que abre as apetências aos mais incautos e gananciosos. Pelintras de todo o tamanho quando estão perante montantes extraordinários de fundos ficam descontrolados. Ficam tão encantados como os garimpeiros quando deparam com um rico veio de ouro. Dá-se a corrida ao metal precioso o que vai permitir a realização do sonho de qualquer pirata: o do tesouro escondido. Como a coisa é de ordem geral era aconselhável que esses “garimpeiros” fossem tidos como pacientes. Sacar dinheiro público passaria a ser considerado uma doença. E como tal deveria ser subsidiada pelo Serviço Nacional de Saúde. A imagem reflexa da democracia é a corrupção e o compadrio. Acabar com eles é muito simples: os negócios públicos teriam de ser transparentes. Para isso as portas dos gabinetes dos responsáveis estariam sempre abertas ao público que é afinal quem acaba por pagar aos corruptos de ambos os lados. O cidadão-pagador tem todo o direito de directamente ser atendido e esclarecido na hora em que questionar os serviços em causa: os negócios públicos. Os políticos já não oferecem garantias. O último atentado à sua honra foram eles próprios que o arquitectaram ao não aprovarem leis que os colocariam libertos de qualquer suspeição: justificar a origem das suas fortunas. Não é nada do outro mundo. Aliás isso permitiria avançar para outras zonas perigosas onde os agentes da lei ainda andam a apanhar assobios.
manuelmelobento

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