Monday, May 07, 2007

 



ÁRBITRO DIPLOMÁTICO À FORÇA

A única força política que fez oficialmente frente a Sócrates chama-se PSD/Madeira. Nenhuma outra no plano institucional poderia sufragar o descontentamento que lavra na oposição devido às reformas socialistas actuais e putativas. Todas as outras facções da oposição teriam de esperar pelo menos mais dois anos para levar Sócrates a julgamento “urnal”. Isto, caso não se encontrem motivos mais fortes que possam pôr em causa a estabilidade nacional o que poderia fazer com que Cavaco Silva imitasse Sampaio. Não me parece, para já! Sócrates, apesar dos ataques de baixo jaez a que tem sido sujeito, tem credibilidade internacional e no plano interno sente-se a força e a lógica dos argumentos com que quer pôr ordem na casa. Os portugueses apreciam quem tem objectivos definidos e não vai abaixo com os primeiros ventos. Até hoje não consigo vislumbrar um único político que tenha sido tão denegrido quer pelos colegas de profissão quer pelos humoristas oficiais do regime quanto o Primeiro-Ministro português e se tenha mantido impávido na primeira linha da luta. Os políticos portugueses têm demonstrado ser dos mais mal preparados moralmente. Ética é coisa que ouvem do púlpito e mesmo assim não a entendem. O Portugal político parece-se com uma família de fracos recursos intelectuais e falha de bons sentimentos que um dia descobre que um dos seus elementos femininos deu uma queca com o Presidente da Junta de Freguesia a fim de obter uma licença para obras. Depois, toda a família começa a gritar bem alto a toda a gente e a dizer que a familiar se pôs debaixo do autarca. Que rica família! Uma família com uma puta! O opróbrio cai sobre todos. Fazê-los perceber isso é tarefa impossível. Com várias frentes a tentarem sistematicamente paralisar de novo o País que nos espera? Aproveitando este triste espectáculo, Jardim, o novel diplomata, vai imitar o Bispo Desmond Tutu. Vai, numa primeira vasa, levar ao tribunal da opinião pública internacional o crime de discriminação “nacional” a que sujeitaram a Região Autónoma da Madeira. Antes desta nova arrancada “autojardinista” nada mais resta a Cavaco Silva senão mediar a nova unidade nacional proposta pelo líder madeirense: unidade especial numa unidade total… (o todo nacional nas palavras de Cavaco). É difícil perceber estes novos conceitos. Jardim: “Votaram na minha maneira de ser!” Foram “apenas” 64.2% dos madeirenses. Isto é, ou desaprovam depois de aprovarem a Lei das Finanças Regionais (não me parece…) ou abrem os cordões à bolsa (o que me parece). Vai tudo dar ao mesmo. E fazer a vontade a Jardim sai muito, mas muito mais patriótico, perdão mais barato…
manuelmelobento



Comments: Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?