Sunday, August 12, 2007

 



UM AÇORIANO POR CÁ

OS MUITOS PORTUGALOS

Vivo numa zona onde a população é tão ou mais velha do que eu que sou quase septuagenário. Até as pombas que poisam na varanda do apartamento já nem arrastam as asas. No Verão, Lisboa fica deserta… não é bem assim. Estrangeiros enxameiam a Baixa e os bairros. Não sei se serão os tais colonos que vêm para ficar ou se estão só de visita. Brasileiros, africanos das ex-colónias europeias - até italianos - trabalham na restauração. Quando falo no meu cuidado dialecto micaelense interpelam-me com um yes ou coisa que o valha. Dizem existir à volta de meio milhão de imigrantes que fazem intenção de procriar por cá. Os portugueses já não se multiplicam como dantes. Nas aldeias e pequenas vilas havia muita filharada. Era a cultura da segurança para os últimos dias de vida. Agora, os aldeãos já não se esforçam tanto, pois a Segurança Social veio substituir a pacatez da lubrificação libidinosa. E para se fazer filhos não é preciso senão uma poucas de quecas. Portugal tinha fama de ser um país de macho latino. Uma verdadeira mentira! Excepções havia e ainda as há. Mas não passa disso mesmo. No passado pensava-se muito em sexo. Pudera! Era proibido. E por ser proibido era desejado. Apenas isso. É preciso fazer-se filhos para que os portugueses não desapareçam. Os governantes querem ou difundem a ideia permitindo-se apoiar os copuladores. Mas, nestas gaiolas citadinas onde os colocar? Ter um cão de pequena dimensão dá cá uma enorme trabalheira quanto mais uma criança que requer todo o tipo de atenção e cuidados. Com o fecho das escolas e dos hospitais e com a subida do custo de vida só se os governos capitalistas que agora nos governam querem mão-de-obra pouco qualificada para servirem futuramente de criadagem a preços módicos… Nos Açores, ainda não temos esse problema de falta de população, não porque sejamos grandes fornicadores, mas porque ter crias faz parte da nossa “cultura”. No passado, quando o Alentejo se despovoou, quem acham que veio ocupar a terra? Quatrocentos casais açorianos! Dêem condições de vida aos açorianos no continente português e vão ver que não será preciso pedir ao leste europeu que nos ajude a aumentar a população. Com os portugueses a envelheceram a olhos vistos, o que será de Portugal daqui a quarenta anos? Teremos (se já não as tivermos) comunidades poderosas e estranhas a governarem a terra que herdámos. E os Açores? Naturalmente a viverem debaixo das ordens do Terreiro do Paço globalista… E mais uma vez os Açores a serem o que resta do velho Portugal. O remédio está à vista de todos. Dêem-nos terras e casas e vão ver. Façam como no passado! E em vez de pensarem primeiro oferecer boas condições a outros pensem nesse apoio revertido aos portugueses das ilhas. Ah, e arrastem os párocos regionais, pois será a garantia legitima da proibição do preservativo e do aborto. Salvo seja!
mmb


Comments:
É um nacionalismo apoiável.
De facto estamos com problemas de natalidade,
 
This comment has been removed by the author.
 
This comment has been removed by the author.
 
Não sei se sabes que o meu Concelho-Ribeira Grande-é o concelho que tem mais gente nova...ah...ah...
Ainda vamos fazer negócio a exportar juventude para lisboa.
Já foste na frente para preparar os contratos.
PS: À terceira foi de vez. Desapareceram as grelhas, desculpa, as gralhas!
 
Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?