Wednesday, September 05, 2007

 



É PRECISO TER CORAGEM E MUITA LATA

Como é que é possível pessoas estarem muito bem da vida e estarem ao mesmo tempo num palco a tergiversar sobre o que está mal ou está bem no país sem qualquer ligação a quem vive mal? É possível? É, e o que é preciso é ter lata! Acabadas as férias, os artistas - convidados e muito bem pagos - voltaram para os seus empregozitos. Uns são a oposição, enquanto outros estão na situação. A travessa é a mesma. Estão alimentados, gordos e queimadinhos devido aos banhos do sol. Que - diga-se em abono da verdade - já no tempo da ditadura dava cor e descanso aos portugueses nos meses quentes, quer fossem pobrezitos ou burguezitos. Tinha a esperança que o modelo do ano passado fosse alterado. Até agora nada que se veja. O Eixo do Mal repete-se. Até o riso da dona Clara é igualzinho ao do ano lectivo passado. Daniel Oliveira não leu nada de nada nas férias. Está vazio e repetitivo. Júdice que às vezes parecia dar-se ao luxo de ser fleumático, parece um cangalheiro da palavra. Esperei, esperançoso, pela Quadratura do Circulo. JPP parece um professor da antiga Faculdade de Letras: repetia a sebenta ano após ano e ainda por cima era tido como grande mestre. Mestre do disfarce, claro. O preço da sebenta rondava os 120 escudos, quando não era fiado. Jorge Coelho está um todo nada melhor. De saúde, evidentemente. Parecem aqueles alunos que chumbaram na primeira época porque o professor estava mal disposto e preparavam-se memorizando os conteúdos para a segunda época. Espero que José Eduardo Moniz, que por acaso até é inteligente o quanto baste, arranje umas tantas mulheres bonitas ou transitoriamente bonitas para comentarem a política nacional. Estou cansado destas múmias arenosas. Interrompo este texto apenas para reproduzir um pensamento de Jorge Coelho: “realista”. Penso que o ex-ministro das pontes portuguesas vai centrar o seu discurso de agora em diante na realidade. Estaremos atentos, sempre para aprender. Lobo Xavier está muito melhor. Esteticamente falando, claro. Repete-se muito. Até parece o padre Feliciano Alves nas homílias dirigidas a Américo Tomaz lá para os lados de Belém. Carlos Andrade já não faz falta ao programa. Parece um Poincaré a reiterar a estabilidade do Sistema Solar. Para já, tenho muito pouco a acrescentar ao que me é dado observar. Temos fogos e assaltos a bancos para entreter, até que Sócrates dê um ar da sua graça. Melhor dizendo, até que se invente qualquer coisa para nos entreter. Tiraram o pio ao Comendador. Acabou, por enquanto, o espectáculo. Que mornaça!
mmb

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