Friday, December 07, 2007

 



“A NAMORADA ENGANADA” NÃO FOI AINDA ROUBADA

Ultimamente tem aparecido na comunicação social nacional e internacional bastas referências aos roubos de obras de arte cometidos pelos alemães. Claro que a referência é feita para acusar os ditos nazis que perderam a Primeira e Segunda Guerras Mundiais. A última notícia sobre um putativo roubo seria imputado a Hitler. Isto é, o chanceler alemão teria feito uma lista de obras de que queria apoderar-se. Melhor dizendo, na boca dos investigadores aliados, roubar. É preciso descaramento Herr Hitler! Vai roubar para o calhau! Isso não se faz. Li a notícia deitado na cama e adormeci. Deve ter sido por isso que sonhei com o dr. Goebbels, ministro da Propaganda do Fuhrer. Eis o relato do sonho com o propagandista do Terceiro Reich: “Senhor doutor fale em português, porque só consigo dizer meia dúzia de palavras na língua de Goethe.” “Vai ao Museu Britânico e vais ver o mais rico espólio de arte de todo o mundo que eles lá têm. Tudo roubado pelos ingleses! O que aqueles pulhas roubaram é indescritível. Só na Grécia foram os frisos e várias figuras do Templo Parthenon. Investiga o Lord Elgin e vais confirmar o que te digo. Era o chefe da “recolha”. Estou a lembrar-me daquilo que o Mussolini roubou na Etiópia: um enorme obelisco com 24 metros de altura e que pesava cerca de 180 toneladas. É obra! No Egipto, os ingleses só não levaram a areia do Vale dos Reis, porque não saberiam onde a colocar. Menino, onde está um inglês ou está um espião ou desaparece uma obra de arte. E o pior, é que depois de descobertos, eles não querem devolvê-las aos seus legítimos proprietários. Dizem que é para não abrirem precedentes… Todos os povos roubam que se fartam. Até a civilizada Dinamarca atirou-se à Islândia e foi o que se viu. Milhares de manuscritos que pertenciam à sua História não escaparam à sua sanha maldita. A conhecida Pedra de Roseta foi roubada ao Egipto pelo próprio Napoleão. Bem, tenho de desaparecer porque estou muito fraco de energia.” Fui investigar e, de facto, confirma-se o que disse o suicida nazi. Hoje, comecei a matutar sobre a questão e não é que ainda há pouco tempo recordei uma notícia saída num jornal lisboeta que dizia que o nosso Primeiro-Ministro tinha tido uma espécie de vergonha em pedir ao Presidente francês que nos devolvesse as nossas pratas, ouro e pinturas que as tropas da Liberdade- Igualdade-Fraternidade napoleónicas nos tinham roubado por três vezes aquando das invasões no século XIX e que com uma inaudita desfaçatez expõem nos seus museus. “É para não ofender”… Ou então, na pior das hipóteses, não fosse o francês arguir que só nos devolveria o que tinha roubado (ele representa-os) se nós fizéssemos o mesmo com o ouro que Dom João V “trouxe” do Brasil. Só se é isso? Terá havido algum povo que tendo invadido outro não “recolhesse” obras de arte? Eu não sei! Talvez os americanos no Iraque. E digo isso, devido à ignorância dos seus soldados… ou talvez não. Quem sabe? Bem vou terminar. Imaginemos que os ingleses, na falta de divisas, colocavam algumas das obras “desviadas” em leilão. O que diriam as polícias especializadas em apanhar os ladrões “particulares” que se dedicam ao roubo de peças raras e que vivem em permanente sobressalto quando de tal facto tivessem conhecimento? Coleccionadores Mafiosos e ex-Presidentes quando são apanhados ficam sem elas. Ó senhor Juiz Baltazar Garzon veja se consegue um tempinho para “atacar” os ingleses e colocá-los na barra dos tribunais internacionais, já que o senhor é um perito-justiceiro internacional.
PS: A pintura que ilustra este texto “A Namorada Enganada” foi colocada à porta da rua. Esteve “em exposição” 4 horas. E não é que ninguém a roubou. Safa! Nunca mais sou reconhecido como pintor. Talvez depois de morto.
mmb


Comments:
Meu caro amigo,
Depois de umas risadas valente pela sua forma de expôr o tema de hoje, tenho a dizer-lhe que isso de obras de arte já começou a perder o interessedos pelos entendidos...
É que hoje em dia qualquer Berardo tem dessas coisas por cima da sanita privada...comprado ou sabe-se la adquirido como, num qualquer leilão de quinta ou sexta.

bom domingo
 
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