Friday, February 29, 2008

LISBOA ESTÁ CHEIA DE RETÁBULOS COM A FIGURA DO VELHO SENHOR...
Vou ver se me inspiro com o tema. Para já, vou rezar o terço pelo sim pelo não. Só falta o Cardeal Cerejeira na parte detrás para a coisa ficar composta.
mmb
Friday, February 22, 2008
ELAS TAMBÉM MERECEM

Wednesday, February 20, 2008
E VIVA LU(I)XO

Monday, February 18, 2008

POLITIZAR SORAIA CHAVES
Quando a França percebeu que podia aproveitar o mito Brigitte Bardot, investiu nela de uma forma bastante inteligente. E porquê? Porque ela traria - e trouxe – dividendos e divisas em grande escala. Não foi só a industria cinematográfica que se interessou pela diva. O Governo Francês, que nestas coisas não é parvo, disponibilizou os meios necessários para a relançar internacionalmente. A Itália apostou na Sofia Loren. A América na Monroe. Foram durante anos a imagem desses países. Soraia Chaves teve o azar de ter nascido num país que não está sensibilizado para valorizar (e retirar os benefícios) aqueles (dos seus) que se distinguem. Só os estrangeiros – que não são parvos - é que acabam por papar o melhor do que dispomos. Casos do Figo, Cristiano Ronaldo, Nani e outros. Parece que é só a bola que tem direitos mediáticos. Mas, mesmo assim, quem lucra com os nossos são sempre os outros. Sem estar com nacionalismos exacerbados e idiotas, penso que a nossa intérprete é superior a qualquer delas na arte de representar. Compare-se e veja-se a diferença. Não sou especialista, mas mete-se pelos olhos adentro a diferença que existe entre aqueles “canastrões” a actuarem e a nossa diva. E digo diva com toda a propriedade, pois. basta vê-la trabalhar. Para além, de que Soraia supera em plástica e físico o que o mercado artístico internacional tem para oferecer. Ao vê-la actuar, apesar de ser uma mulher possuidora de um tipo de beleza global (não regional), esquecemos em parte este aspecto para nos concentrarmos na interpretação consubstanciada na personagem – no caso dela já se pode dizer personagens – que lhe é atribuída. Estranhei o que disse José Pedro de Vasconcelos, o realizador, na sua última entrevista. Como vai realizar, proximamente, dois filmes, irá incluí-la num deles, pois ela merece... Ora bolas! É tudo ao contrário, neste país! Então, não era de andarem atrás dela para lhe sacarem um contrato a peso de ouro, como se costuma fazer nestes casos em que um actor se torna numa promissora mina de ouro? Para que serve um Ministério da Cultura? Para manter um ridículo e desajustado cinema nacional cujos responsáveis parecem ter contratos vitalícios com o Estado e cujos índice de audiência chega a ser caricato, ao ponto de o último filme subsidiado ter registado quatro espectadores numa sala de espectáculos. Que crânios são estes que nos governam e que até têm direito a três refeições por dia? Não estará na altura certa de o Primeiro-Ministro dar uma mão naquilo que é por mais evidente: valorizar o que é nosso, para rentabilizar o que está a meter-se pelos olhos adentro. Para além da projecção que daí advirá...
mmb
Monday, February 11, 2008

ESTAMOS TODOS VIGIADOS?
O capítulo IV do Código do Processo Penal – Das escutas telefónicas, no artº. 187 – Admissibilidade - diz o seguinte no seu nº. 1: “A intercepção e a gravação de conversações só podem ser autorizadas durante o inquérito, se houver razões para crer que a diligência é indispensável para a descoberta da verdade ou que a prova seria, de outra forma, impossível ou muito difícil de obter, por despacho fundamentado do juiz de instrução e mediante requerimento do Ministério Público, quanto a crimes:
a) Puníveis com pena de prisão superior, no seu máximo, a três anos;
b) …
c) …
d) …
e) De injúria, de ameaça, de coacção, de devassa da vida privada e perturbação da paz e do sossego, quando cometidos através do telefone;
f) ….”
Por que não vivemos em ditadura e a liberdade de expressão é um bem adquirido que não se coaduna com aquela, vejamos até onde este artigo está encapotado no que concerne aos direitos, liberdades e garantias consignados na Constituição Portuguesa, mais precisamente no nº. 1 do artº. nº. 26 (Outros direitos pessoais) e reforçado no artº. 35 (Utilização da informática). Eis um exemplo putativo e pequenino – há os de grande dimensão - para consubstanciar as contradições existentes:
(Conversa telefónica)
- Está lá, é o ministro fulano de tal?
- Sim, o que deseja?
- O senhor autorizou a construção de unidades hoteleiras em terrenos protegidos que por se tratar de uma zona de reserva natural prejudicaram a imagem do país?
- E o que é que V. tem com isso?
- Como cidadão, estou disposto a acusá-lo e a desmascará-lo perante a opinião pública, pois o seu acto é bastante reprovável!
O ministro desliga e – depois de se vestir, estava a dar uma queca extramatrimonial – apresenta queixa ao Ministério Público contra o autor incógnito do telefonema.
Porque o autor do telefonema não se identificou, a fase de inquérito decorre contra um agente indeterminado.
Abreviemos a questão. O Ministério Público obedecendo à lei, artº. 187, nº. 1, (não há outra) requisita à operadora telefónica uma espécie de “Envelope 9”. Passado o tempo necessário a operadora satisfaz o pedido. O autor do telefonema é identificado e desenrola-se o processo. É verdade que o artº. 187 não implica retroactividade. Pelo menos é o que parece… Mais! Como pode haver prova do telefonema, se este foi feito antes de a queixa ter sido apresentada? É tudo muito simples. Então não estamos todos a ser gravados a partir do momento que usemos os celulares e os telefones de rede fixa! Faxes, mensagens enviadas por qualquer aparelho também estão disponíveis e guardados em empresas privadas que os entregam sempre que as autoridades o exigirem. Estamos nas mãos de desconhecidos? Certamente que sim! As nossas vidas e os nossos segredos estão entregues a uma espécie de PIDE privada? Certamente que sim! Lembram-se do atrás referido “Envelope 9”? O tribunal, através do juiz de instrução, pediu o registo prévio de umas determinadas chamadas a fim de incriminar (ou não) certas personalidades e, de repente, aparecem, qual Milagre de Fátima, conversas particulares e não só de alguns figurões da cena política portuguesa que surgem por engano apensas. Que tipo de gente guarda as “nossas partes íntimas” que não sendo autoridade se pode dar ao luxo de as vasculhar? Como teria adorado, tal tecnologia de ponta, o “velho botas” que até nem estava mal servido de bufos e de padrecas… Não se trata de um fenómeno tipicamente nacional. O mundo inteiro está todo empacotado em nanotecnologia. A verdade vem sempre ao de cima, mas nos dias de hoje ela está muito bem guardada…
mmb
Wednesday, February 06, 2008

Sunday, February 03, 2008

O Director da Polícia Judiciária é a personagem eleita pelos media nacionais para satisfazer a voracidade apelativa com que os noticiários viciaram o País. Ao aceitar tornar-se mediático através, creio que voluntariamente, dos 15 minutos de fama que a cada um é permitido, esqueceu-se que isso muitas vezes se traduz pela destruição pessoal e o ruir de toda a estrutura que se constrói à volta. Caiu que nem um patinho. Por acaso, ouvi as entrevistas que concedeu tanto à Rádio quanto à TV. Criticou o bastonário da OA. Criticou o responsável do Órgão de Polícia Criminal que tinha a seu cargo as investigações do caso da criança inglesa desaparecida no Algarve. Aquilo que disse destas duas personalidades foi precisamente o que fez quando entrevistado: falaram de mais. Que tal e tal não deviam ter dito o que disseram. Que aquilo não se fazia, pois ponha em caso a credebilidade das instituições. Palavras santas quando aplicadas aos outros. Que responda pelo "ilícito" aos seus superiores e que tenha boa sorte. Vamos ao que interessa. Sabe-se que o Estado português se esforçou pela resolução do caso Maddie. Este esforço custou centenas de milhar de euros ao povo; que colocou à disposição equipas de especialistas para resolverem o caso... O resultado foi o que se viu. Nada! Cada vez se faz mais escuridão sobre o assunto, embora tenha surgido uma série caricata de nuances que adulteraram o sentido da investigação inicial. O próprio director Alípio desculpou o casal inglês, o que vai dar uma grande bronca daqui para a frente. A questão é a seguinte: com tanto dinheiro gasto e com tanto especialista metido na matéria como é possível ter havido "precipitação" dos especialistas? Que se lixe! Também, não é isso que interessa. O que interessa é saber como é que é possível não ter havido também "precipitação" no caso da Leonor Cipriano, para mais sabendo-se que não foram gastos senão duas serrilhas de beterraba com a investigação? Que também não tinha aparecido o corpo da infeliz Joana como se constatou... Como também de algumas crianças portuguesas que tiveram o mesmo fim da Maddie... Tenho pena da pobre Leonor Cipriano. Sem possibilidade de ter tido uma boa defesa por falta de apoio monetário, a mulher - para além de ter perdido a filha - "comeu" uma pena pesadíssima. Criminosos que mataram mais do que uma pessoa neste Portugal democrático apanharam menos pena... Está nos jornais e nos acórdãos dos tribunais. Não mereceria do senhor Director Nacional da Polícia Judiciária uma palavrinha a favor de Leonor, a pobretanas? Não haverá neste País jornalistas que tenham a ombridade de fazer ao caso Cipriano o mesmo que fazem com o caso dos ricos, isto é, insistir até que a verdade seja mais verdade? Fazer entrevistas e mais entrevistas... Então não era? Senhor director, uma palavrinha...
