Monday, May 25, 2009

 
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Não tenha medo
Vote na Figueiredo

Ilda, a candidata apoiada pelo PC, é a única a quem eu daria o meu voto. A questão é simples: de todas as variantes (refiro ideologias), a do PC é aquela que menos tem oscilado. É a que menos tenta vender gato por lebre. Coloco na minha frente o passado ideológico dos partidos e que leio? Os partidos mudaram. A esquerda confunde-se com a direita. Esta deleita-se a tomar como sua a tese da dialéctica marxista na área do social. Dito de outra maneira. Nunca os trabalhadores e os desprotegidos estiveram tão defendidos na retórica da direita. Nunca os trabalhadores foram tão esquecidos no discurso dos socialistas. À direita competia equilibrar as contas públicas com prejuizo das classes trabalhadoras. A tarefa coube aos socialistas e fazem-no com alegria. Para que a estabilidade se verifique há que espremer os mais pobres. Era preciso, naturalmente, dar às finanças públicas segurança e credibilidade, para que no estrangeiro não nos tomassem como revolucionários em continuidade; para sermos acompanhantes fiéis... Quando o José Barroso era primeiro ministro, Portugal apoiou os USA na invasão criminosa ao Iraque. Ele nunca enganou ninguém. Estava a fazer o seu papel. Era a direita no seu melhor. Como prémio foi “votado” presidente da UE. Os melhores amigos dos Estados Unidos têm sempre mais sorte do que aqueles que não alinham com aquela máquina de guerra. A direita é assim. A esquerda devia impor-se na sua vocação humanista. Que faz? Pactua com o capitalismo selvagem. Fica preocupada com as patifarias da banca. E passa a marcar a sua agenda pelo auxílio aos fraudulentos. Nem os representantes da direita nem os da esquerda portuguesa (sui generis) se dão conta aonde nos iremos meter se não conseguirmos travar o desemprego. Penso que mais do que nunca será necessário uma maior intervenção do Estado na vida dos portugueses. Não é na esperança de uma grande retoma capitalista que está a solução. A solução para travar a crise medonha que paira por cima das nossas cabeças tem de vir de uma postura de nacionalização da maioria dos meios de produção. Claro que isto representa uma perspectiva comunista. Mas o comunismo não mete medo. Sobretudo agora. Tornar Portugal num Estado “totalitário” economicamente falando não é querer um Portugal satélite da antiga URSS. Fazer do Estado um Estado economicamente totalitário é muito melhor que ter um Estado nas mãos de uma corja capitalista desonesta e burlona que se prepara para pôr o Estado de joelhos e por consequência trazer a miséria ao povo. Um totalitarismo estatal pode fazer-se no quadro de uma democracia popular. Não deixa de ser democracia só que com um pendor para uma melhor justiça social. Não precisarímos perseguir ninguém.Tanto era valido um democrata-cristão quanto um bloquista. Os seus desentendimenos passaríam a ser tratados na Assembleia da República para não perderem o treino do fala-fala sem tarelo Tudo isto não passa de um devaneio burguês. Mas e depois? Já tenho visto coisas piores, sobretudo aquelas que nos vão arrastar para o fundo sem remissão.
mmb

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