Sunday, May 17, 2009

 

PORTUGAL A MEIAS COM A IGREJA DE ROMA NA PALHAÇADA

O Estado Português vive paredes meias com a Igreja Católica, seita judaica com sede em Roma. Melhor dizendo, o Estado português formatou-se no início da sua formação com a conjugação do braço armado do cristianismo imperialista que tinha sede em Roma. Razão essa que permite o domínio da Igreja nos destinos de Portugal. O cristianismo político aproveitou as estruturas dos deuses clássicos fazendo algumas alterações de percurso a fim de o (o cristianismo) adaptar às exigências da expansão que havia de dominar a Europa. A seita cristã subdividiu-se em diversas leituras o que custou a vida a centenas de milhares de vítimas. O mesmo tinha acontecido quando o judaísmo foi perseguido pelos seguidores da nova seita desavinda. O processo religioso faz parte das estruturas biopsicológicas do ser humano. Na maioria dos casos, claro está. Qualquer invenção religiosa serve para satisfazer aquelas estruturas. Cristianismo, hinduísmo, budismo, etc., vai tudo dar no mesmo. Calhou-nos o cristianismo como podia ser outra invenção qualquer. O que é preciso é preencher as necessidades que o homem tem para se dirigir às coisas que desconhece: o além. Não cabe aqui discutir se o deus humanizado pelos cristãos teve dores de barriga ou se limpava o ânus com uma pedra ou pergaminho. O mesmo se aplica à jovem mulher que o pariu e que depois subiu aos céus em corpo e alma e que, lá de vez em quando, descendo à Terra, sobe aos ramos das árvores para falar a crianças analfabetas. Não cabe aqui neste texto saber se Júpiter violava as mulheres fazendo-lhes filhos que depois se consideravam semideuses porque o epíteto de filhos de puta não lhes agradava. O que sabemos é que a religião, melhor, os agrupamentos religiosos que aparecem sempre que um Estado se constitui não deixam de intervir em todos os sectores da actividade. Os interesses são muitos e estão a par dos do Estado. Ambos cobram impostos – embora de sabores diferentes. Ambos têm forças policiais, assassinos a soldo, justiça, educação, assistência social, negócios bancários, etc. Embora, digo, de sabores diferentes. Sabemos que tanto a Igreja quanto o Estado cativam elites intelectuais. Que tanto uma como o outro cobram impostos embora de sabores diferentes para os sutentar e só depois se entregam às suas actividades sociais... Que durante épocas tanto a Igreja quanto o Estado procuram a hegemonia do poder tendo chegado a vias de facto. Outras épocas houve que assinavam pacto de paz, pois esta traz mais lucro do que a guerra. O 25 de Abril trouxe um desequilíbrio nas hostes da Igreja. Fê-la perder capital e hegemonia em relação ao Estado pressupostamente socialista. Com a inteligência que se lhe reconhece, encetou o caminho da recuperação. Fê-la nas barbas dos bandalhocos que tomaram o Estado a salto. Os bandalhocos descuraram a assiência social e ela (a Igreja) pôs-se a fazer o milagre dos pães com muito sucesso. Os bandalhocos descuraram a educação e, a Igreja, mesmo contra as medidas sanitárias e higiénicas quer que as virgens continuem virgens não usando o preservativo. A Igreja condena os gastos sumptuosos do Estado que ofendem os pobres . Entretanto constrói novos templos de elevados custos. Mas como é em honra dos deuses ninguém se atreve a contestar. A Igreja tomou conta daquilo que o Estado não tem capacidade para realizar junto das populações carenciadas. A Igreja aos poucos voltou a ser indiscutivelmente necessária. Ela até escolhe dirigentes políticos. Percebendo que a badalhoca da política está a degradar-se, ei-la a começar a investida final. De conluio com Roma, reorganizou atempadamente a santificação de um guerreiro. Houve festa e até o rei veio à rua... Pouco tempo depois, a estátua do Cristo-Rei fazia cinquenta anos de existência. (Não sei por que é que não chamam imagem ao Cristo-Rei...) A Igreja invadiu a capital paralizando largos sectores da vida dos lisboetas. Trouxe a estátua, melhor a imagem da mãe do Cristo-Rei da Cova da Iria para ambos matarem saudades. As mais altas autoridades do Estado (Sócrates foi excepção... ao menos isso) fizeram parte da peça teatral mistica e até botaram faladura. Nem Aristófanes faria melhor! A Igreja está no terreno. Cuidado com ela, isto é, será bom que a travemos na sua sede e sanha. É que, retomando a Igreja o poder perdido não tarda que tenhamos uma nova PIDE a controlar as nossas mentes. Já que ela abençoava a PIDE na concertação que capou milhões de portugueses. Enfim, eu sou muito estúpido, pois não consigo acreditar em estátuas e nos seus milagres. Se me fosse dada uma centéssima parte da fé do senhor Presidente, gostava de perguntar ao Cristo-Rei o seguinte: se sabias que depois de morreres na cruz ias ressuscitar passados três dias porque pediste ao teu papá que afastasse o cálice da morte? Estavas a representar? Afinal não morreste por todos nós. Seu fingido...

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