Sunday, August 02, 2009

 

É o Pensamento Livre, estúpido!

Quando um bastonário (Marinho Pinho) disse e diz o que disse e disse-o para todo o país é preciso analisar, melhor é urgente ... analisar as suas pesadas palavras em nome de uma das verdades. Porque verdade é coisa de plural. É deste e daquele. Não tenho tempo nem humor suficiente para explicar estas incoerências humanas e minhas.
Ora, existem locais em Portugal (por enquanto nas regiões autónomas o fenómeno ainda não se fez sentir) em que a nossa polícia tem medo de lá entrar. Há quem roube usando armas para matar quem distraidamente se lhe opuser. Há banqueiros que roubam poupanças de desgraçados que levaram a vida inteira a comer merda para pôr algum de lado.Há gente que é portuguesa há mais de 800 anos que vive à rasca e nem casa de banho tem. Há quem nunca foi português (nem sequer pensou sê-lo) e tenha o descaramento de criticar quando o Estado lhe dá de mão beijada um pequeno apartamento de “luxo” e uma mesada tão “grande” quanto um desgraçado casal que trabalha e sofre as pressões da competição e tem tudo penhorado. (Experimentem abrir o frigorífico de uns e de outros). Vivíamos numa reles ditadura que não ligava a nada, mas era suficientemente inteligente para poder sobreviver escurando-se no Exército (Força Aérea e Marinha eram elites...) e Porquê? O Exército resolvia alguma coisa? Claro que não! Mas era uma reserva de respeito. Se a cena que todos nós vimos entre dois grupos que em Lisboa disparararam entre si e cujo “assunto” deu em nada, haveria alguma policia portuguesa que levaria mais de duas horas para prender os pistoleiros que transformaram o país no Enclave de Cabinda se tivessemos uma força verdadeira por detrás que não fosse a politização importada? Numa democracia todos nós temos direitos e deveres. Porra! Estou de acordo, mas deveres e direitos são coisas confusas. À actual política, quanto mais confusão melhor para ela, pois abre muito mais perspectivas e lugares aos que vão substituindo os que vão caindo. A Constituição Portuguesa é como um livro de catequese. As catequistas interpretam segundo a sua sensibilidade os cabelos de Sansão, o putanheiro do Rei David – que veio a ser avô longínquo de Jesus Cristo, pela parte do pai a quem Javé tinha posto um par de cornos deslindados pouco depois por sonhos, e outras tantas santificadas baboseiras. Todos têm direito a habitação, educação e saúde... Ah, catequistas de um raio! Para que a anarquia se instalasse era necessário destruir o Exército. Foi fácil. O exército pôs e dispôs de Portugal porque era uma estrutura disciplinada e disciplinadora. Fez uma série de transformações estruturais e depois organizou a sociedade civil. Esta correspondendo a certas directivas “equilibrou” a nação. Desde a simples guarda fiscal à polícia política estava lá um oficial das FA. Na censura até lá se instalavam. Quando as “revoltas” internas não podiam ser controladas pelas forças paramilitares, o Exército estava lá... Tiros? Poucos. Aliás, quando o regime marcelista (não digo salazarista de propósito) caíu de cu, foi o Exército que o assoprou, porque Marcelo – um grande crânio para certas coisas – era um merdolas em termos militares. Os militares têm uma estrutura mental e preconceitual própria da sua formação. Não percebem nada de política (não falo de política militar) e estão-se nas tintas para as ideologias. Não é preciso repetir, até porque a excepção faz a regra. Não foram os milicianos que ajudaram a descambar o país seja para o que for. Foi o seu oportunismo (tinham razão em certa parte) que desequilibrou o exército e por consequência o Estado pois a sua estrutura era ele. Salazar era um cão não ranhoso, foi ditador à medida do exército. E quando alguns (poucos) militares pensaram “revoltar-se” foram outros militares que os puseram na ordem. Uns foram para o desemprego (nos Açores só conheci um) enquanto os outros continuando militares nunca foram promovidos. Mas era daí que comiam. Esta merda deste texto está longo e como não aspiro a ser historiador nem cronista (se escrevo neste blogue faço-o para mim ou para algum amigo que queira entrar nos meus neurónios – somente!) vou acabar à minha maneira: Em Portugal há gente muito inteligente quanto aldrabona. Na área da política para manter certas famílias a comer e a roubar era preciso fazer-se o seguinte: mandar os militares para os quartéis e contaminá-los em relação aos valores da Pátria. Desparasitados do Portugal dos e para os portugueses, tornados forças especiais (pequenas e desligadas) foram defender Portugal interpretando a pátria, como Dali pintava relógios, para longe dos conflitos internos. As polícias especializaram-se em todo o tipo de crime – dão um belo espectáculo nos telejornais - principalmente se os militares resolverem reestruturar o país elas (forças especiais) tratam-lhes da saúde. Já não há golpes tipo Caldas nem na cabeça de Bordalo Pinheiro... É verdade que continuam a receber medalhas e honrarias, mas, claro, por estarem muito tempo sentados nos sofás de certos gabinetes. Os actuais políticos “ordenaram” que não se promovesse nenhum militar a nível populista. Percebem? Já não se fala deste ou daquele. São só promoções e estas servem ainda mais para os dividir. Existe pois um vazio de estrutura que se generaliza até ao simples sinaleiro. Para acabar e retomando o bastonário contestatário no seu raciocínio – não quer dizer que esteja a ser verdadeiro. A verdade é uma porra! Todos nós sabemos que a Dona Maria José Morgado foi e é uma abnegada política. Não faço juizos de valor, senão ia parar com o cu no banco dos agora chamados arguidos. Esta senhora é Procuradora Geral Adjunta da República. Merece exercer o cargo? Porra, digo eu que sim. É competente! (Será isto um juizo de valor?) Agora, e aqui não me podem contrariar porque posso irritar-me e meter-me no uísque – que está barato, o marado, claro – Maria José Morgado onde quer que esteja arrasta consigo o peso enorme da sua enorme capitalização política. Há cargos que têm de ser ocupados por quem não esteja contaminado politicamente. Os políticos estão na sua maioria contaminados. Os Órgão de Soberania à excepção do Executivo e o Tribunício têm de ser santificados. Sim, santificados. Ah, esquecia-me de que nem era ateu nem crente. Ó sr. João, então a minha bebeida...
PS: Conclusões
A partir daqui, até eu que sou burro - os meus professores do Antigo Liceu Nacional de Ponta Delgada o confirmavam - sou capaz de ir mais longe. Ah, já me esquecia. Alguns eram informadores da PIDE e outros - só agora o posso provar - eram corruptos e aldrabões.

Comments:
As catequistas ou, pelo menos, aquela catequista jovem e boazona não te explicou que Juses se chamava Emanuel e era louro! Eh, eh, eh...
 
Ai, que me enganei. Jesus!!!
 
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