Sunday, August 23, 2009

 

ENTREVISTA
Conclusão

P. Sendo um declarado nacionalista açoriano que razões apresenta para estar a viver em Lisboa?
R. Já expliquei o que entendo por nacionalismo açoriano num quadro muito alargado e livre de um governo central. Não admito que certas atitudes centralistas nos sejam impostas. Só a ignorância do nosso povo e a sofreguidão dos nossos políticos é que faz com que ainda sejamos muito dependentes. Isso não corresponde à realidade pois temos riquezas que nos pertecem mas que serviram e ainda servem de moeda de troca a políticas tipicamente neocolonialistas. Viver em Lisboa não impede que seja o que eu quiser ser. Sou binacionalista. Sou açoriano e português biologicamente falando. É como ter pai e mãe no bilhete de identidade.
P. Que pensa do actual momento político?
R. Aqui, nos Açores, onde me encontro a passar uns dias devo dizer que a escolha é simples. Isto é, entre Ferreira Leite e Sócrates vai um grande abismo. A dra. Manuela já demosntrou como é que nos interpreta. A dita senhora desconhece a distância a que estamos de Portugal. Julga que os Açores são já ali como quem vai a Cascais... Sócrates é mais voltado para o futuro e o futuro é a nossa autodeterminação . Quem não pensar assim, desconhece a História e a vida actual de ilhas que se foram libertando de certas amarras centralizadoras. Veja-se, por exemplo, como funcionam as ilhas do Canal da Mancha e conheça-se as relações que têm com a fedorenta Inglaterra – ou será Reino Unido...
P. Um pouco complexa essa sua visão!
R. Você fez-me uma pergunta de cariz político e levou uma resposta condizente. Ou já se esqueceu que já fui político...
P. E quanto às autárquicas que estão muito próximas?
R. É um pouco, melhor dizendo muito diferente. Existem autarcas que têm obra feita e que são importantíssimos na dinamização dos seus concelhos. Veja-se o que aconteceu a Lisboa. António Costa não tem pedalada para fazer seja o que for para alterar a cidade. Foi triste vê-lo sabotar a obra que Santana Lopes encetou. Costa, homem bom mas ineficiente para relançar a capital do reino. O PS é mais uma superstrutura ideológica combativa e muito inclinada para o quadro da justiça social, por exemplo. Para além de ter uma visão para o Portugal Europeu não deixando que nos atrasemos em relação a ele. Isso é inegável. O mesmo se passa com Ponta Delgada. Berta Cabral deu a volta à cidade e transformou-a num posto de interesse internacional. A actividade política tem de ser vista à lupa, e creio não me enganar ao afirmar que o PSD é o partido melhor posicionado para dar continuidade à mudança e adaptação ao progresso local. Veja-se, por exemplo, na ilha de São Miguel o que foram as actuações dos autarcas social-democratas. São de facto muito positivas e criativas.
P. Não há excepções?
R. Claro, mas com pouco significado global.
P. Está, então de acordo com a implantação do TGV, por exemplo?
R. Só quem quiser atrasar o país ainda mais é que está contra as novas tecnologias.
P. Já falámos disto e eu estou cansado. Até à próxima.
FIM

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