Friday, September 18, 2009

 


ESPIÕES CASEIROS E CRIMES A MARINAR

Já há muito que as conversas dos utilizadores de telemóveis e de outros meios de comunicação interpessoal são pura e simplesmente fiscalizadas e gravadas mesmo sem o aval da autoridade judiciária a quem compete autorizar as escutas. Factos relevantes fazem prova do que aqui se afirma. O que tem existido é a falta de transparência e de coragem para esclarecimento público. Os políticos e os jornalistas fazem de virgens perante os factos. Uma verdadeira tristeza! É o país a esconder-se perante as evidências. Sabe-se que as escutas e as gravações das conversas (todas) intertelemóveis já datam de 1998. E ainda por cima estão em mãos pouco credíveis. O senhor Presidente Cavaco disse que para não perturbar os actos eleitorais vai mandar averiguar a espionagem a que esteve sujeito (?) logo após a leitura das urnas. Será que ouvi bem? O crime fica a marinar. Pouco a pouco a democracia portuguesa fica dependente do poder da comunicação social. Parece, até que esta vai a votos e que os candidatos são pura e simplesmente as marionetas de serviço. A comunicação portuguesa é sádica, pois conhecedora de elementos que constituem crime vai fazendo uma espécie de telenovela. Ninguém dá a cara por nada. É próprio do país que somos: pequeninos e maldizentes. Parece que estamos a viver numa aldeia de Júlio Dinis onde as beatas nas esquinas da rua direita forjam a "morte maledicente" das suas vítimas.
Que viva para sempre o Luíz Pacheco e as suas saborosas mensagens.
mmb



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