Wednesday, October 07, 2009

 




CARLOS COELHO DA SILVA


Surpresa. O realizador de "Amália, o Filme" aplicou um golpe baixo nas minhas expectativas. O cinema português é hoje do melhor que se faz no mundo. Confesso que Carlos Coelho da Silva me desgostou com o seu "Crime do Padre Amaro", dado que realidade portuguesa tem muito para oferecer para além do que o século XIX mostrou. Houve uma certa mistura. É facto que serviu para mostrá-lo como realizador e para lançar a óptima Soraia Chaves, mas, e o tempo dá-me razão, ficou-se por aí. Não estava preparado para vibrar com este filme nem com a mensagem fortíssima da ainda vigente mentalidade portuguesa. Tal é a força que nos leva a seguir a trama individual da grande Amália que esquecemos os planos. A universalidade da individualidade da heroína supera o Fado, porque ela foi maior do que este. É o que o filme me deu a entender. Retirei da experiência uma possível Amália de verdade. Poderão haver outras Amálias? Naturalmente! O modo como o filme dispõe o tempo dá a entender uma seta do tempo tão bem delineada em Brian Greene. Foi um realizador cientista aquele que das peças do real plastificou "ceguinhos de choro". Eu estou de parabéns porque não perdi o meu espaço-tempo neste tão deserto Portugal das artes.

PS: Terei de voltar a este tema, pois a Sandra Barata Belo enganou-me e bem. Aquilo era a Amália como a conhecemos.

mmb

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