Tuesday, November 17, 2009

 

É PRECISO EDUCAR OS COMILÕES E OS LARÁPIOS QUE DEMANDAM OS NOSSOS BOLSOS






Ainda não eram 17 horas e já a luz do lampião da Câmara da Rua Jorge Barradas (Benfica) se predisponha a iluminar um parque térreo que faz fronteira com a dita artéria. Bem, acontece que despertei para uma coisa que me está a dar cabo do juízo. É que quando vejo desperdício só penso que o estou a pagar do meu bolso. E não é que é assim. As despesas públicas estão a cargo do Zé das Couves/Povinho. E quais são? Para além da endémica corrupção nacional, registo os gastos sumptuosos dos políticos, dos altos magistrados, das viagens do Presidente, custos de representação que inclui até os chapéus de algumas mulheres de suas excelências, viagens e passeatas dos deputados, refeições que metem marisco e bons vinhos, arraiais com fogueteiro para alegrar o pagode, festivais de música para os meninos e as meninas que compram droga com o Subsídio de Integração Social dos pais, dos gastos estúpidos com as estações de rádio e televisão estatais que são uma vergonha de programação (o próprio Estado que é delas proprietário negoceia publicidade e outras coisas mais que são segredo), bem vou terminar por aqui pois teria de perder muito tempo com uma investigação que permitisse esventrar toda uma gama de gastos - muito mal gastos - que a maioria dos agentes públicos se dá ao luxo de praticar despundonorosamente e nas barbas de toda a gente. Creio que eles não têm a noção dos delitos que perpetuam sistematicamente. É preciso reeducá-los como se procura fazer com os utilizadores dos caixotes de lixo. As pessoas vão aos poucos aprendendo os requisitos da civilização. E ainda bem que é assim. É necessário educar toda a gente. Se fôssemos investigar o custo dos jantares que o Zé das Couves paga directamente do seu bolso (directamente porque os vencimentos dele vão diminuindo por via disso) ficaríamos de boca aberta de espanto. Um dia, um esquerdista que vomita - sempre que aparece na pantalha - moralidade, ocupando um cargo no executivo do piedoso Guterres, presenteou amigos (eram 4) com lagostas e muito vinho (só as gargalhadas não foram incluídas na conta que o Estado pagou). A notícia veio esparrachada nos jornais. Não me lembro de se ter aberto um inquérito a fim de lhe dar o respectivo correctivo. E se não houve qualquer acto nesse sentido é porque é hábito. Como dar a volta a este comportamento? Não é possível pois são os próprios comilões que fazem as leis que os protegem. É assim! Nada a fazer a não ser uma revolução. Penso que está na altura de a fazer não com cravos mas com o cavalo marinho, tipo chicotadas em público e nos pelourinhos que ainda os há por aí à grande...

mmb


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