Friday, December 04, 2009

 

HOUVE ESPIONAGEM POLÍTICA, COM CERTEZA!




O ministro Vieira da Silva disse uma verdade evidente. Dado que Vieira da Silva é um homem que tem demonstrado trabalho e empenho nas suas funções, ouvi-lo afirmar que houve espionagem política sigfinica à primeira vista que meteu a pata na poça. Não devia tê-lo afirmado. Disse o que todos aqueles que se propõem estudar o tema sabiam. Errou, politicamente! Se Sócrates não o proteger é mais um bom técnico que vai à vida. Problema do PS. Bem, só se pode saber coisas que estão em segredo utilizando vários métodos. Alguns são: intromissão ilegal, espionagem, negligência, cumplicidade, associação criminosa com intenção de colocar o Estado de Direito Democrático "em perigo", etc., e outras coisas. A espionagem, por exemplo, pode tomar várias formas. Uma delas é a doméstica. Uma mulher começa a chegar a casa de madrugada. O cônjuge chateado manda investigar. Será espionagem? Eh pá, não sei, mas parece. O detective faz escutas e fotografa a bela noctívaga. O marido é um gajo porreiro e no fim perdoa. Beijam-se muito e a vida segue em frente. Fim da espionagem. Todavia, alguém - um sacana - sabendo da questão resolve dar à lingua. Pronto! Se o "relatório" por vias travessas calha chegar às mãos de um político e este utilizar em seu proveito (os políticos são assim) o que era segredo e dele fizer publicidade, estará ou não a utilizar a espionagem? Claro que está. O ministro Vieira da Silva raciocinou assim. Em Portugal não se respeitam as leis. O que interessa são as intrigas. Hoje, o que se viu na Assembleia da República demonstrou a que nível estão os negócios do Estado. O país afunda-se e os que nos representam estão a cometer os mesmos erros dos seus colegas da Primeira República. Experimentem a ler "Afonso Costa" de Eurico C.E. Lage Cardoso que por um feliz acaso comprei numa ida ao Chiado na Livraria... esqueci o nome. Até gargalhei de gozo. São tão parecidos estes queridos.

Acresce dizer que Paulo Portas foi aquele que maior sensibilidade demonstrou nas suas intervenções. Ele leva a sério o papel de representante do Povo em São Bento. Sócrates esteve mal na linguagem paternalista que utilizou ao confrontá-lo. Ferreira Leite, qual coveira da social-democracia meteu-se na intrigalhada. O PC anda a ver aonde páram as modas. O Bloco mais parece os "Católicos do Rato". Ninguém tem soluções. Ninguém presta contas directamente ao eleitorado. A Assembleia da República mais parece o Parque Mayer sem os aplausos dos amantes da revista. Que já se foram...

mmb

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