Sunday, January 03, 2010

 

A NOVA NOVA MENTALIDADE É TÃO VELHA COMO A MERDA

Li ainda há pouco uma notícia sobre uma selvajaria cometida por um dos responsáveis do 25 de Abril - ou pseudo-responsável. O filho de puta mandou queimar centenas de livros, pois dizia o mesmo FP (filho de puta) que os ditos cheiravam a beijinhos fascistas. Era imperioso destruí-los. Disseram-me que foram pelo efeito desaparecidas obras de real valor histórico que muito serviriam para ajudar a compreender o processo histórico português de entre 1926-1974. A Igreja Católica fez o mesmo em tempos idos. E no primeiro terço do século passado (XX) os assassinos da suástica cometeram a mesma proeza. Quero dizer com isto que é de facto uma penina haver gente sem um mínimo de cultura, tolerância e espírito científico e/ou crítico. Uma tristeza pegada. Mas a que raio vem isto para aqui. Eh, pá, não tenho sono nem me apetece ficar a cheirar a merda pelo contacto com a televisão que estes desgraçados fazem. Nem já serve de entretenimento. E ler? Gosto de o fazer na cama. Ou julgam que a cama é só para foder ou ter pesadelos. E na minha idade - juro por alma da rainha santa Isabel - que o tesão é como a surdez. No começo, uma pessoa ouve bem (pau feito), depois, deixa de ouvir (pau tripa) e passa a compreender tudo através dos gestos ou movimentos dos lábios. E em invernos rigorosos torna-se difícil aquecer os tomates já que de tão pequeninos se tornam. Ora, se a humanidade (portuguesa) tivesse um projecto de valorização pessoal, não estaríamos sem água ao leme. Teríamos um mundo de formadores por todo o lado para recuperarmos do desastre intelectual que foi a época do Estado Novo, onde tudo era proibido. Perseguia-se tudo que não fosse abençoado pela Igreja de Roma (composta por uma corja que sobrevive sempre à custa dos estados que não têm um projecto humanista) e que satisfazia o interesse dos exploradores a quem o Salazar dava voz. No tempo deste filho da Igreja e de puta a crítica desaparecera. Ora, sabe-se que onde a crítica não existe o que se estabelece é um regime improgressivo. A este convém que tudo se cale. Por isso pouco ou nada se conhece do que fomos durante a negra noite salazarista. O que podemos fazer é calcular aatravés da desgraça em que nos transfomámos o que ela foi. Julgam que estes que agora surgem por todo o lado são geração espontânea? Nada disso, eles são os filhos da ignorância. De tal modo que não tendo alternativas copiem o velho Estado Novo em novas formas. Haverá diferenças? De certo que as há e isto porque o progresso dos outros acaba por não ter fronteiras e vai daí sempre se beneficia alguma coisa. Culturalmente o actual Estado português é uma tristeza. E isso paga-se. A meta é solucionar a questão económica. Em parte está correcto, porém, esta deve acompanhar a componente cultural em todos os aspectos, senão quando os problemas económicos forem solucionados (?) cairemos novamente no vazio intelectual e no subsequente atraso. Desenvolver as mentalidades é tão necessário como o pão para a boca. Como actuar? Sugere-se uma limpeza geral e uma obrigação de prestação de contas. Um julgamento público? Nem mais! Em vez de se perseguir os antigos colaboradores e mandá-los para a cadeia (que não serviu para nada) havia que os responsabilizar. E aos actuais colaboradores deste estado calamitoso a que chegámos? A mesma coisa! Então não é!
mmb

Comments:
É assim que gosto de te ler.
Desejo-te um 2010 de pena feita!
 
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